Após anunciar plano estatal, Bolsonaro faz aceno a Guedes e defende investimento privado

Apesar de gesto, presidente não descartou uma flexibilização da política de ajuste fiscal

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Brasília

Após anunciar um plano estatal para recuperação da economia, o presidente Jair Bolsonaro fez um aceno na noite desta quarta-feira (22) ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem defendido a continuidade de uma política liberal mesmo diante de uma crise sanitária.

Na entrada do Palácio da Alvorada, onde cumprimentou um grupo de eleitores, o presidente disse que pretende priorizar o investimento privado no estímulo à atividade econômica, afetada pela pandemia do coronavírus. E ressaltou que o "Posto Ipiranga" participará "um poucão" das discussões sobre o plano de infraestrutura.

Presidente, Jair Bolsonaro, e ministro da Economia, Paulo Guedes; presidente sinalizou que deve preservar o teto de gastos mesmo durante a pandemia de coronavírus
Presidente, Jair Bolsonaro, e ministro da Economia, Paulo Guedes; presidente sinalizou que deve preservar o teto de gastos mesmo durante a pandemia de coronavírus - Adriano Machado - 20.fev.2020/Reuters

"O ministro Paulo Guedes participou um pouquinho e vai participar um poucão na semana que vem", disse. "Política boa é com investimento privado. Essa é a minha linha, aprendi rápido com Paulo Guedes"​, acrescentou.

O presidente sinalizou que deve preservar o teto de gastos mesmo durante a pandemia de coronavírus, mas afirmou não descartar uma flexibilização da política de ajuste fiscal, uma das principais bandeiras da g​estão do economista.

"Nada está descartado", disse. "Já falei que o Posto Ipiranga é o Paulo Guedes", acrescentou.

Apesar do aceno a Guedes, Bolsonaro elogiou o programa Pró-Brasil, um conjunto de medidas que têm como pivô a retomada do investimento público para a geração de emprego. A medida foi rejeitada por Guedes, que imprimiu ao governo até o momento uma agenda centrada em investimento privado.

"Foi apresentada a proposta para todo mundo hoje. É o primeiro momento. Um plano para recuperar empregos e tirar o país da inércia. O meu governo tem a obrigação de se antecipar a problemas", disse.​

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