Mesmo com a pandemia do novo coronavírus em curso, o Banco Central deve divulgar medidas de open banking, sistema pelo qual o consumidor pode compartilhar seus dados financeiros com outras instituições em busca de condições de crédito melhores.
O presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, antecipou nesta segunda-feira (20), em videoconferência promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo, que revisou hoje um voto do BC sobre open banking.
Ele não detalhou se seria divulgado já na próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), em 30 de abril.
"Os projetos de tecnologia vão seguir, o Pix [sistema de pagamentos instantâneos] vai ser feito esse ano e acabei de revisar um voto de open banking. É importante tocar a agenda de modernização e de competição", adiantou.
Ele também ressaltou a importância de manter a concorrência entre os bancos. "Em toda grande crise financeira vemos que uma das consequências é um sistema financeiro mais concentrado, em 2008 foi assim", lembrou.
"Tomamos muito cuidado para que não aconteça e por isso divulgamos uma série de medidas para pequenos bancos, fintechs [empresas de inovação ligadas ao mercado financeiro] e cooperativas, para manter a capilaridade", concluiu.
Sobre a atuação do BC no mercado secundário de crédito privado, autorizado pela PEC do Orçamento de Guerra, Campos Neto detalhou que deverá ser feito por meio de leilão.
"O importante é que o sistema de compras seja transparente, estará no site todos os dias o que a gente comprou, os volumes. Não temos nenhum target [alvo] de setor ou de empresa específica, queremos estabilizar o mercado como um todo", frisou.
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