A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (1º) auxílio financeiro emergencial da União a estados e municípios para ajudá-los a enfrentar a crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus.
O projeto também adia o recolhimento das contribuições previdenciárias de servidores municipais.
O texto foi aprovado em votação simbólica. Agora, vai ao Senado.
Segundo o projeto, enquanto durar o estado de calamidade a União vai complementar os recursos do FPE (Fundo de Participação dos Estados) e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). A intenção é preservar os repasses nos mesmos níveis de 2019.
Na justificativa, o relator do projeto, Acácio Favacho (PROS-AP), afirma que é “primordial garantir a capacidade financeira dos entes subnacionais, a fim de que não criem constrangimentos para o atendimento dos mais necessitados”.
“O momento é de injetar recursos na economia, para que as perdas humanas decorrentes desta pandemia sejam minimizadas”, indicou no texto.
Durante a calamidade, ficarão suspensas as retenções ou bloqueios à entrega dos recursos dos fundos.
“Em momentos de intensa volatilidade na arrecadação dos tributos, entendemos como irrazoável que a União segure repasses que podem ser pagos mais à frente, quando normalizada a situação do país”, afirma.
“A retenção de repasse gera, em um momento crítico, precariedade na prestação de serviços públicos que serão intensamente demandados pela população”.
O relator acatou ainda mudança que adia o recolhimento das contribuições previdenciárias de servidores municipais em março, abril e maio. As prefeituras deixarão de recolher os valores, mas os servidores continuarão contribuindo.
Os valores poderão ser parcelados em 24 meses, com correção pela taxa básica Selic. O primeiro pagamento seria feito a partir de janeiro de 2021.
Mais cedo, a Câmara dos Deputados havia aprovado projeto que agiliza a liberação de medicamentos e equipamentos de saúde aprovados por agências sanitárias estrangeiras para ajudar no combate ao coronavírus.
Os deputados aprovaram o texto em votação simbólica durante sessão virtual. O projeto, agora, vai ao Senado.
O texto dá à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um prazo de 72 horas para autorizar a distribuição e importação de materiais, medicamentos, equipamentos e insumos já validados por uma agência internacional, como as que regulamentam medicamentos nos Estados Unidos (FDA) e na União Europeia (EMA), por exemplo.
No projeto, assinado por parlamentares de partidos de centro, direita e esquerda, os deputados defendem a necessidade de oferecer aos hospitais e profissionais acesso a recursos já existentes em outros países que validaram os itens.
O dispositivo deve vigorar até a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar o fim da pandemia.
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