O Facebook alertará diretamente seus usuários quando consultarem informações falsas relacionadas ao novo coronavírus, disse o Mark Zuckerberg, nesta quinta-feira (16).
Durante o mês de março, a rede social suprimiu "centenas de milhares" de conteúdo sobre a Covid-19 que "poderiam representar um perigo iminente para a saúde", como publicações que afirmavam que o alvejante doméstico permitia a cura do vírus.
Os usuários que clicarem nesse tipo de informação falsa, comentarem, ou compartilharem o material, receberão uma mensagem solicitando que consultem fontes seguras como o site da OMS (Organização Mundial da Saúde), disse Zuckerberg em um blog do Facebook.
Zuckerberg também defendeu os esforços da rede social para "limitar a disseminação da desinformação sobre a Covid-19".
O Facebook assegurou ter redirecionado quase 2 bilhões de usuários, ou seja, quase todos os seus membros, para informações de autoridades de saúde pública, por meio do Centro de Informações Covid-19 do site. Resultado: "mais de 350 milhões de usuários clicaram em nossas mensagens pedagógicas", segundo Zuckerberg.
Se a informação for falsa, ou imprecisa, mas não representar um "perigo iminente", a rede social colocará um "rótulo de aviso".
Cerca de 40 milhões de publicações já receberam esse rótulo em março, dissuadindo os usuários de consultarem seu conteúdo em 95% dos casos, acrescentou o Facebook.
Muitos observadores, como a ONG Avaaz, denunciaram a incapacidade do Facebook de impedir a disseminação de informações falsas, com sérias consequências.
"O Facebook está no epicentro dessa crise de desinformação", disse Fadi Quran, chefe da Avaaz, em um comunicado.
"Mas a empresa está dando um passo importante hoje para limpar esse ecossistema tóxico, tornando-se a primeira rede social a alertar os usuários expostos a informações falsas sobre o coronavírus e redirecioná-los para informações que salvam vidas", reconheceu.
O Whatsapp, que pertence ao Facebook, também lançou novas medidas no início de abril para combater a desinformação. Seus usuários podem repassar mensagens virais apenas para um único contato de cada vez, para limitar a disseminação de "fake news".
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