França manda Google negociar taxa com mídia

O órgão regulador impôs um período de três meses para a gigante da internet estabelecer negociações

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Paris | AFP

A Autoridade da Concorrência francesa mandou, nesta quinta (9), o Google negociar "de boa-fé" com editoras e agências de imprensa francesas uma taxa pelo uso de seus conteúdos, garantida por um mecanismo europeu que visa garantir o pagamento de conteúdo digital.

O órgão regulador impôs um período de três meses para a gigante da internet estabelecer negociações com editores ou agências de imprensa que assim o desejarem e que devem concluir com uma proposta de remuneração do Google.

Essas negociações deverão abranger o período de uso dos conteúdos desde a entrada em vigor da lei sobre direitos relacionados, em 24 de outubro de 2019, afirmou o órgão.

No início de 2019, uma diretiva europeia criou os direitos relacionados, uma disposição semelhante aos direitos autorais, em benefício da imprensa escrita.

O objetivo é que jornais e agências de notícias negociem uma remuneração com os gigantes digitais --que recebem a maior parte da receita publicitária na internet-- pela reutilização de seus conteúdos.

O Google, que praticamente exerce um monopólio como mecanismo de busca, rejeitou qualquer negociação e, para se adaptar à lei, impôs novas regras, aplicáveis a partir de meados de novembro.

Os sites de informações devem concordar que o mecanismo use gratuitamente trechos de seus artigos em seus resultados. Caso contrário, suas informações serão menos visíveis, com um simples título e um link, o que inevitavelmente fará com que o tráfego caia.

Vários grupos de imprensa, incluindo a AFP, entraram com ação contra a medida. Sob a ameaça de uma queda no tráfego de suas páginas e de sua renda, muitos aceitaram as condições do Google.

Empresa proíbe Zoom em laptops de funcionários

O Google barrou o uso do app de videoconferência sob a justificativa de preocupações de segurança. O Zoom é alvo de suspeitas de vazamento de dados --no Brasil, a Anvisa também proibiu a utilização.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.