Google vai cobrar prova de identidade de todos os anunciantes

Programa começa pelos EUA, na campanha presidencial, e deve chegar a todos os países em 'alguns anos'

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São Paulo

O Google adiantou na última quinta (23) que vai passar a exigir dos anunciantes de todas as suas plataformas, nos próximos meses, que se identifiquem e comprovem dados como o país de origem. Vale para anúncios de pessoas jurídicas e físicas.

De início voltado aos EUA, o programa será implementado aos poucos durante o verão no hemisfério norte, a partir de junho, a tempo de apresentar resultado na reta final da campanha presidencial no país. A eleição está programada para 3 de novembro.

Em post no blog do Google, o diretor de gerência de produto para integridade de anúncios, John Canfield, descreve o programa como uma extensão daquele iniciado em 2018, só para anunciantes de peças eleitorais, durante a campanha para o Congresso.

Logo do Google - Robyn Bec/AFP

Também deverá ser incluído na primeira fase o Reino Unido. Segundo a empresa, a exigência será estendida a todo o mundo, com o tempo. Não há previsão de quando chega ao Brasil. A expectativa do Google é de "alguns anos" até a implantação completa.

Na prática, a mudança deve permitir que o internauta clique sobre o anúncio para identificar quem está pagando e de que país. O propósito, segundo Canfield, é "oferecer transparência e controle aos usuários" de busca, YouTube e outros serviços do Google.

A ampliação do programa para além dos anúncios propriamente eleitorais, embora já prevista, deve ter impacto sobre o crescimento recente nos comerciais online, por exemplo, de medicamentos falsos e até vacinas contra a pandemia do coronavírus.

De acordo com o executivo do Google, a mudança deve com o tempo "ajudar a apoiar a saúde do ecossistema de publicidade digital, detectando os atores mal intencionados e restringindo as suas tentativas de deturpar as próprias identidades".

A decisão foi bem recebida no mercado americano de mídia, com executivos de marketing como Lou Paskalis, do Bank of America, afirmando que "outras plataformas deveriam seguir" o exemplo para melhorar "a higiene e a segurança" do ambiente digital.

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