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Isolamento por coronavírus derruba demanda por frete de cargas

Maior queda foi no transporte de produtos industriais; entregas em lojas e residências também caiu

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Rio de Janeiro

Cortes de produção já impactam também a circulação de mercadorias. Para especialista, a queda pode resultar em aumento no custo do frete, caso não haja medidas para reduzir os custos.

Estudo da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), que reúne transportadoras rodoviárias, aponta que a demanda por transporte de cargas caiu 26,14% nos dias 23 e 24 de março, em comparação com a operação normal.

Segmentos de cabotagem e ferroviário também têm percebido queda na demanda, segundo executivos, mas ainda não há números para dimensionar o cenário. O setor ressalta que ainda não há problemas de abastecimento.

A maior queda se deu no transporte de produtos industriais: as embalagens caíram 55,3%, os eletrônicos, 46,5% e automóveis, 37,6%. Com relação a cargas fracionadas, houve redução de 40,7% nas entregas em lojas e 29,% nas entregas em residências.

“O número ainda pode aumentar, uma vez que esse índice considera apenas a partir do início da mudança de rotina das empresas e foi feito durante apenas dois dias”, disse a entidade.

A queda na demanda por caminhoneiros é tema de acompanhamento pelo Ministério da Infraestrutura, já que a sobreoferta do serviço e suas consequências na receita dos motoristas foi um dos fatores que levou à greve de 2018.

A Abac (Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem”, diz que por enquanto o único segmento que mantém a demanda é o de produtos de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos. Os demais têm reduzido as encomendas.

A entidade diz que toda a frota privada brasileira, de 54 navios, permanece em operação, apesar de queda “de dois dígitos” na demanda.

Mas pede do governo a liberação do adicional de frete de cabotagem, espécie de poupança compulsória para investimentos na indústria naval de cerca de R$ 2 bilhões, para ajudar a pagar custos.

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