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Sindicatos aprovam proposta da Embraer de redução de salários e suspensão de contratos

Com aval de entidades, dois terços dos 16 mil funcionários terão renda impactada

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São Paulo

Sindicatos que representam a maioria dos 16 mil funcionários da Embraer aprovaram nesta sexta-feira (10) as propostas da empresa de aviação para suspender por 60 dias contratos de trabalho e reduzir salários de quem fica em 25% por 90 dias.

As medidas, antecipadas pela Folha, têm o objetivo de reduzir os custos da empresa em meio à pandemia do novo coronavírus, e são previstas pela MP (Medida Provisória) 936, editada pelo governo federal no dia 1º de abril.

A proposta passa a valer no dia 13 de abril. O sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, que representa 5.000 funcionários da empresa, aprovou o plano, que prevê garantia de emprego no retorno ao trabalho.

O Sindiaeroespacial, que representa operários das unidades da companhia em São Paulo, Campinas, Sorocaba e Taubaté, também aprovou a oferta em assembleia virtual nesta sexta.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu já havia dado aval ao plano da empresa nesta semana, com 93% dos votos em assembleia digital.

No caso dos engenheiros, a suspensão de contratos prevista no plano chegaria a atingir até 60% de algumas áreas da empresa, de acordo com funcionários da empresa ouvidos pela Folha.

O grupo de trabalhadores que terá suspensão temporária do contrato terá garantia de emprego por período equivalente. Eles terão 30% dos salários pagos pela Embraer e uma remuneração compensatória desembolsada pelo governo equivalente a 70% do seguro-desemprego ao qual teriam direito.

Os funcionários que passarem a fazer home office terão redução de jornada de 25% por 90 dias, com compensação paga pelo governo no valor de R$ 423 mensais.

Para os funcionários em atividades essenciais e trabalho presencial, não haverá alterações na jornada ou salários, segundo a empresa.

Em nota, a Embraer diz que permanecerá "em contínuo diálogo com os clientes, fornecedores e governos para atender as necessidades essenciais do setor e da população", e afirma que busca preservar empregos.

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