Google destina dinheiro a 380 pequenos e médios sites de notícias no Brasil

Fundo de Auxílio Emergencial destina de US$ 5 mil a US$ 30 mil para 5.300 redações no mundo, em meio à pandemia

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São Paulo

O Google anunciou nesta quinta-feira (28) que mais de 5.300 pequenas e médias redações receberam entre US$ 5 mil (R$ 26,5 mil) e US$ 30 mil (R$ 159 mil) de seu Fundo de Auxílio Emergencial ao Jornalismo, lançado em abril, sendo 380 no Brasil.

Elas foram selecionadas dos mais de 12 mil pedidos enviados de 103 países, sendo 90% de veículos que contam com menos de 26 jornalistas. No Brasil, entre outros, receberam recursos A Gazeta, de Vitória (ES), Amazônia Real, de Manaus (AM), e Mais Vertentes (São João del-Rei, MG).

O fundo é voltado, como divulgado em abril, a "veículos locais, que atendam a uma comunidade geográfica específica". Mais de metade ficou de fora, por não produzir cobertura local ou diária "ou por contar com menos de dois jornalistas".

Logo do Google; Fundo destina de US$ 5 mil a US$ 30 mil para 5.300 redações no mundo - Robyn Beck - 8.jan.2020/AFP

Para redações maiores, o Google anunciou também em abril que havia decidido isentar veículos do pagamento das faturas de sua plataforma de publicidade, Ad Manager, por até cinco meses, em processo de seleção semelhante.

Em entrevista pouco antes de divulgar os resultados do fundo, Richard Gingras, vice-presidente de Jornalismo (News) do Google, se negou a dar valores precisos, mas confirmou que a alocação de recursos em apoio ao jornalismo chega à casa dos US$ 100 milhões (R$ 530 milhões).

Os dois programas, voltados a redações menores e maiores, abarcam "dezenas de milhões" cada um. Somados "a um compromisso adicional de gastos com marketing", publicidade do Google nos veículos, atinge-se o valor global de US$ 100 milhões.

"A pandemia causou uma reviravolta na indústria de meios de comunicação em todo o mundo, e o Brasil não é exceção", diz Henrique Matos, diretor de Parcerias de Mídia no Google Brasil. O fundo visa "apoiar esse setor durante a atual crise".

Gingras, questionado se pretende negociar com veículos jornalísticos da Austrália e da França, países que demandaram que plataformas como o Google paguem pelas notícias que compartilham, respondeu:

"Obviamente, estou ciente das situações na França e na Austrália. E temos claramente o desejo de investir mais no setor, devido à sua importância para a nossa sociedade, e continuaremos a fazer isso. Vamos acelerar e investir mais."

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