Descrição de chapéu Coronavírus

Taxa de desemprego dos Estados Unidos tem pior resultado desde a Grande Depressão

20,5 milhões perderam emprego e taxa salta para 14,7%

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São Paulo

A economia americana perdeu 20,5 milhões de empregos apenas em abril, a maior destruição de vagas desde a Grande Depressão e o mais consistente indicador do estrago causado pela pandemia do novo coronavírus sobre a economia.

A taxa de desemprego saltou para 14,7%, dos 4,4% registrados em março. Em fevereiro, antes do início da crise, ela era de 3,5%.

O único cenário comparável de desemprego é do período da Grande Depressão, quando não existiam estatísticas oficiais do governo. Em 1933, o desemprego americano teria atingido 25%.

Bandeira norte-americana em Nova York, Estados Unidos - Johannes Eisele/AFP

Pela comparação oficial do departamento de Trabalho dos EUA, é o recorde para o período pós Segunda Guerra. O pior indicador por esse recorte era de 10,8% de desemprego, atingido em novembro de 1982.

Economistas consultados pela agência Reuters projetavam um quadro ainda pior: 22 milhões de desempregados e taxa de desemprego de 16%.

Os dados de março também foram revisados: naquele mês, 870 mil pessoas perderam o emprego, ante projeção de 701 mil.

A perda de postos de trabalho é reflexo direto das medidas adotadas por governos para conter a disseminação do novo coronavírus, como o fechamento de serviços considerados não essenciais a partir da segunda quinzena de março.

Essa estatística oficial não mostra, porém, as pessoas que tiveram jornada de trabalho —e, portanto, também a renda— reduzida.

Os números sombrios reforçam as projeções de analistas de que a retomada após a pandemia será lenta: o consumo das famílias é um dos motores da economia americana.

No Brasil, a taxa de desemprego mais recente conhecida é a de março e estava em 11,6%. A estatística oficial leva em consideração o trimestre móvel, suavizando o registro da alta do desemprego.

Além disso, o governo ainda não divulgou neste ano os dados do Caged, que mede os empregos com carteira assinada no país. Tampouco há a divulgação sistemática dos pedidos de seguro-desemprego, dificultando a leitura do estrago feito pela pandemia do novo coronavírus sobre o mercado de trabalho brasileiro.

Com agências de notícias

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