Argentina não fecha acordo e ganha até dia 24 de julho para renegociar dívida

Em 22 de maio, governo do país deixou de quitar US$ 503 mi em juros da dívida

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Buenos Aires

Sem acordo com os três principais fundos credores internacionais, a Argentina volta a descumprir o prazo para encerrar a negociação do pagamento de juros de sua dívida.

Pela quinta vez, houve extensão do prazo. A nova data para fechar o acordo é 24 de julho.

O país já está no que chama de "moratória técnica", mas, segundo o ministro da economia Martín Guzmán, isso não é um calote, "porque nenhum dos credores ainda declarou isso, estamos negociando", disse à Folha.

Na quinta-feira (18), o fundo Black Rock já havia avisado que considerava as emendas à proposta inicial, não era suficiente. Os outros fundos, na sequência, também se mostraram insatisfeitos.

No dia 22 de maio, a Argentina deixou de quitar US$ 503 milhões em juros da dívida. Em julho, haverá novos vencimentos, no valor de US$ 310 milhões.

O governo argentino já solicitou a prorrogação do pagamento de novos vencimentos e avisou que não tem como pagar na data prevista.

A pressão pela melhora da oferta argentina continuou nesta sexta-feira, mas o presidente Alberto Fernández, em entrevista à TV local, disse que irá fazer o máximo para poupar o caixa nacional.

"Nenhum credor vai me convencer a fazer com que os argentinos sofram para pagar um peso a mais da dívida. Nisso sou inflexível. Eu não sou o presidente do calote, o presidente do calote é o que me antecedeu", afirmou, referindo-se ao ex-presidente Mauricio Macri.

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