A pandemia deve elevar a demanda de micro e pequenas empresas por crédito para R$ 472 bilhões neste ano, valor 75% superior aos R$ 270 bilhões concedidos em todo o ano passado.
Os dados são parte de um estudo realizado pelo FGVcemif (Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas) divulgado nesta terça-feira (23).
A estimativa tem como base a receita dessas empresas por setor e a queda média de faturamento por conta da epidemia de um total de 17,3 milhões de empresas, incluídos 9,8 milhões de microempreendedores individuais, 6,6 milhões de microempresas e 900 mil empresas de pequeno porte.
Para os três primeiros meses de isolamento social e fechamento temporário de empresas por causa da pandemia, a demanda não atendida por crédito seria de R$ 57 bilhões.
“O crédito é importante para essas empresas resistirem, pois elas podem se ajustar fazendo demissões, o que aumenta o desemprego num momento já de crise e recessão”, afirma Lauro Gonzalez, coordenador do FGVcemif e um dos autores do estudo.
“Estamos falando muitas vezes de uma pessoa que vive daquela empresa e que tem um ou dois empregados. A sobrevivência dessa empresa significa a sobrevivência do próprio fluxo de renda dessa pessoa e dos seus funcionários.”
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