Depósito em conta de auxílio emergencial faz poupança bater novo recorde histórico

Entrada de recursos superou saques em R$ 37,2 bi em maio; saldo aplicado de R$ 921 bi também é inédito

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Brasília

Os depósitos em cadernetas de poupança superaram em R$ 37,2 bilhões os saques em maio, maior captação líquida da história.

O auxílio emergencial do governo pode explicar o movimento. Grande parte do socorro oferecido em razão da pandemia do novo coronavírus é pago por meio de conta-poupança.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Banco Central. Em abril, o investimento já tinha batido recorde, com R$ 30,4 bilhões. A série histórica foi iniciada em janeiro de 1995.

O saldo total aplicado na modalidade é de R$ 921 bilhões e também é o maior da série.

Os brasileiros depositaram R$ 235 bilhões na poupança, maior valor da série para o mês de maio. Os saques, embora tenham tido leve alta em relação ao mês anterior, ficaram abaixo da média registrada nos outros meses deste ano, com R$ 197,8 bilhões.

Embora tenha perdido 0,04 ponto percentual em rentabilidade em relação ao março, em abril a caderneta teve ganho real (acima da inflação), de acordo com dados do Banco Central e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em abril, a poupança rendeu 0,17% e houve deflação (inflação negativa) de 0,31%, com 0,48 ponto percentual de ganho real.

O investimento rende a Taxa Referencial (TR), hoje zerada, mais 70% da Selic, que está em 3% ao ano.

A regra prevê que, quando a taxa básica de juros estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 0,50% ao mês, mais TR. Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o investimento é remunerado a 70% da Selic, acrescida da TR.

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