Pacote de socorro às companhias aéreas divide ministérios da Economia e Infraestrutura

Equipe de Tarcísio tenta elevar volume liberado, mas programa é tocado por BNDES e time de Guedes

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São Paulo

Enquanto o setor aéreo queima caixa com os aviões parados em meio à pandemia do novo coronavírus, ainda há pontas soltas na negociação do plano de socorro desenhado pelo governo Bolsonaro pelo BNDES.

No segmento, o recurso é visto como insuficiente. E há, dentro do próprio governo, quem concorde que R$ 2 bilhões é pouco e que a liberação do dinheiro está demorando.

Até o momento, todas as medidas de apoio ao setor foram tomadas pelo Ministério da Infraestrutura. Pessoas familiarizadas com o assunto dizem que é uma preocupação da pasta garantir a sobrevivência das maiores empresas do setor.

O ministério comandado por Tarcísio de Freitas, no entanto, não tem ingerência direta sobre o desenho do pacote, que está a cargo do BNDES e do Ministério da Economia, resistentes a liberar recursos públicos a grandes empresas.

“O governo não vai pegar dinheiro público, dinheiro que falta para saúde e educação, e simplesmente salvar uma grande empresa, não é assim. É da vida ser abatido, é do mercado”, disse Guedes em abril.

Ao BNDES, o recado dado pela equipe econômica foi de que a prioridade deveria ser salvar pequenas e médias empresas por meio dos programas de crédito subsidiado, como o Pronampe.

Integrantes da pasta da Infraestrutura têm buscado o diálogo com a equipe econômica para buscar que os recursos sejam maiores e cheguem às aéreas o quanto antes, mas ainda há entraves.

Na busca por mais recursos, as companhias aéreas pediram ao BNDES que créditos tributários pudessem ser usados como garantias, por exemplo.

O pedido foi repassado ao Ministério da Economia, que estuda se deve ou não aceitar uma parcela dos créditos.

Procuradas, as pastas não se manifestaram sobre o tema.

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