Pandemia e aversão ao risco dificultaram queda de juros do Plano Safra, diz Tereza Cristina

Ministra afirma que volume de R$ 236,3 bi em recursos para financiamentos superou estimativas

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Roberto Samora
São Paulo | Reuters

Os efeitos do novo coronavírus no Brasil e o movimento de aversão ao risco foram fatores que afetaram a redução dos juros no Plano Safra 2020/21, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesta quinta-feira (18).

"Este ano esperávamos um Plano Safra que pudéssemos equalizar juros menores, mas veio a pandemia, o que aconteceu, o mercado mundial e o mercado financeiro interno ficaram avessos, com mais aversão ao risco", disse ela em evento online promovido pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Ela comentou que os grandes bancos privados não entraram na divisão para a equalização de juros, deixando essa responsabilidade basicamente para o Banco do Brasil.

"Para nós, foi uma decepção, o Banco do Brasil ficou sozinho", destacou.

Em contrapartida, ela afirmou que o volume de R$ 236,3 bilhões em recursos para financiamentos superou suas estimativas, considerando que o caixa do governo, neste momento de crise, "não era muito propício a fazer um Plano Safra maior".

"O plano, dentro desse novo normal, ficou razoável, não é o que a gente gostaria, mas ficou razoável", afirmou ela.

Na véspera, o governo brasileiro anunciou recursos recordes para financiamentos pelo Plano Safra 2020/21, alta de 6,1% em relação ao montante da temporada passada, enquanto os juros recuaram, mas não no patamar que esperava o setor agropecuário.

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