Descrição de chapéu Coronavírus

Cerca de 3 milhões tiveram auxílio emergencial bloqueado e deverão comprovar identidade

Caixa diz que contas digitais foram suspensas por suspeita de fraude; beneficiários precisarão ir à agência para regularização

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

Cerca de 3 milhões de pessoas tiveram o auxílio emergencial suspenso por suspeita de fraude. De acordo com a Caixa Econômica, quem teve a conta digital –pela qual recebe o benefício– bloqueada, deverá ir até a agência para comprovar a identidade.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou, em evento virtual promovido pelo InfoMoney nesta terça-feira (21), que grande parte das contas identificadas foram abertas por hackers.

"Centenas de milhares de contas foram suspensas, temos as provas da grande maioria que foi utilizada por hackers, mas pessoas honestas foram penalizadas, já que, para salvar e defender o dinheiro público, fizemos uma medida mais forte", disse.

A Caixa não divulgou o número de contas bloqueadas, mas Guimarães afirmou que o bloqueio foi inferior 5% dos 65,2 milhões (o equivalente a 3,26 milhões).

Aplicativo de auxílio emergencial da Caixa Econômica Federal - Gabriel Cabral/Folhapress

Ele garantiu que aquele que for à agência e comprovar sua identidade terá a conta liberada rapidamente.

"Tivemos filas nos primeiros dias e decidimos acelerar o pagamento digital. Nesse primeiro momento, não tivemos um aplicativo tão defendido quanto duas semanas depois, então tivemos janela de 10 dias em maio quando os hackers conseguiram sim um ou dois movimentos que foram identificados e suspensos", alegou.

O presidente da Caixa ressaltou que todas as contas bloqueadas são por suspeita de fraude. "Pedimos desculpas, mas é a única maneira de evitar que as contas que foram criadas erradamente continuem recebendo."

A Polícia Federal investiga as irregularidades. "Não posso falar agora, mas teremos novidades em breve, os responsáveis já foram identificados e serão penalizados", contou o presidente da Caixa.

A Caixa esclareceu, em nota, que o aplicativo da instituição tem múltiplos mecanismos integrados de segurança, "mantendo-se inviolável e seguro".

"O baixo percentual de fraudes observado deve-se à engenharia social, em que são utilizadas informações, documentos e acessos dos próprios clientes. Assim, recomenda-se utilizar apenas os aplicativos oficiais da Caixa e jamais compartilhar informações pessoais", orientou.

O banco alegou que a área de segurança do banco monitora continuamente as contas e acessos e, em caso de suspeita, realiza o bloqueio preventivo da conta para proteger os clientes.

A recomendação é que os usuários que receberem a mensagem “Procure uma agência da Caixa com seu documento de identidade para regularizar seu cadastro”, devem seguir essa orientação para a regularização do acesso.

Em nota, o Ministério da Cidadania, em outra frente, afirmou que enviou para a Caixa cerca de 1,3 milhão de CPFs (Cadastros de Pessoas Físicas) para bloqueio para a realização de uma verificação detalhada.

"É importante enfatizar que não é possível ainda afirmar que eles sejam considerados cancelados ou inelegíveis para receber o auxílio emergencial", afirmou o ministério.

Segundo a pasta, o procedimento é consequência dos acordos firmados entre o Ministério da Cidadania e TCU (Tribunal de Contas da União), CGU (Controladoria-Geral da União) e MPF (Ministério Público Federal).

"Qualquer indício de ilegalidade, em especial na ótica criminal, é imediatamente informado à Polícia Federal e os pagamentos são suspensos", acrescentou o ministério.

A pasta informou ainda que o governo federal recuperou R$ 83,6 milhões pagos a pessoas que não se enquadravam nos critérios para recebimento do benefício.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.