China suspende importação de mais dois frigoríficos do Brasil em meio a receio sobre Covid-19

País é o segundo país com maior número de casos do novo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos

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Ana Mano Jake Spring
São Paulo e Brasília | Reuters

A China suspendeu as importações de duas unidades processadoras de carne suína do Brasil pertencentes à JBS e à BRF, de acordo com a autoridade aduaneira chinesa, reprimindo os embarques de carne em meio a preocupações com o novo coronavírus.

A China está suspendendo temporariamente as importações de uma fábrica da BRF em Lajeado e de uma da JBS em Três Passos, ambas no Estado do Rio Grande do Sul, segundo publicação com data de sábado no site da Administração Geral de Alfândega da China (GACC, na sigla em inglês).

A publicação, que apenas identificou as usinas por números de registro, não dá o motivo para a suspensão. Mas o Brasil é o segundo país com maior número de casos do novo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Funcionário em uma unidade da JBS em Santana de Parnaíba, em São Paulo - Paulo Whitaker - 19.dez.2017/Reuters

A China é o maior comprador de carne suína, bovina e de frango do Brasil. O país asiático solicitou que os exportadores de carne certifiquem globalmente que seus produtos estão livres de coronavírus, o que BRF, JBS e outras processadoras de alimentos do Brasil já fizeram.

Seis unidades de frigoríficos brasileiros foram impedidas de exportar para a China em meio a preocupações crescentes com os milhares de casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, entre trabalhadores de matadouros no país.

Um representante da JBS disse que a empresa não comentaria a decisão e afirmou que estava tomando várias medidas para garantir que seus alimentos fossem da mais alta qualidade e que seus trabalhadores estivessem protegidos.

Em nota, a BRF informou não ter sido notificada oficialmente sobre a suspensão da habilitação para exportações de carne suína de sua unidade de Lajeado e ressaltou desconhecer o motivo da decisão.

A BRF "já está atuando junto às autoridades brasileiras e chinesas, incluindo o Ministério da Agricultura (MAPA), o Ministério de Relações Exteriores (MRE), a Embaixada da República Popular da China no Brasil e o próprio GACC, para reversão da suspensão no menor prazo possível e tomando todas as medidas cabíveis para restabelecer tal habilitação", disse a empresa em nota.

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