Indústria cresceu em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em maio

Puxados por montadoras, São Paulo e Paraná deram as maiores contribuições

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Rio de Janeiro

No primeiro mês de recuperação da indústria desde o início da pandemia, a produção cresceu em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com resultados negativos apenas no Espírito Santo, Ceará e Pará.

Puxada pela retomada das operações em montadoras de veículos, a produção industrial subiu 7% em maio, depois de amargar tombo de 18,8% em abril, primeiro mês com quatro semanas inteiras de isolamento social para controlar a pandemia do novo coronavírus.

Para o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, o resultado reflete "a volta da produção de algumas unidades após a suspensão das atividades por conta da Covid-19 em março e, principalmente em abril". Maior parque industrial do país, São Paulo puxou a média nacional, com alta de 7% na produção em maio.

Paraná (24,1%) e Rio Grande do Sul (13,3%) foram os outros locais com maior influência no resultado nacional, disse o IBGE. "O setor de veículos, muito forte em São Paulo e no Paraná, teve atuação importante neste aumento de maio", comentou Almeida.

Os dados do IBGE mostram, porém, que a recuperação em maio ainda não foi suficiente para compensar os efeitos da pandemia nos meses anteriores. No acumulado do ano, a produção industrial ainda recua em 13 dos 15 locais pesquisados pelo instituto.

E na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apenas Goiás registrou aumento na produção industrial, de 1,5%, resultado impulsionado pelo ramo de produtos alimentícios, único segmento que registra crescimento na média móvel trimestral.

Em São Paulo, mesmo com a alta em maio, a produção industrial está no segundo pior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2002. A situação da indústria paulista é melhor apenas do que em abril, quando o nível de produção atingiu o fundo do poço.

Os primeiros dados de maio divulgados pelo IBGE confirmam avaliações de que abril foi o mês de maior impacto da pandemia na economia. Nesta quarta (8), o IBGE informou que as vendas no comércio subiram 13,9% no mês, após tombo recorde de 16,3% em abril.

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