A economia da Alemanha contraiu 10,1% no segundo trimestre, recuo mais acentuado já registrado, uma vez que os gastos das famílias, os investimentos empresariais e as exportações despencaram durante a pandemia de Covid-19, mostraram dados preliminares nesta quinta-feira (30).
A agência de estatísticas do país informou que a queda foi a mais forte desde 1070 e pior do que a contração de 9% esperada por economistas em pesquisa da agência de notícias Reuters.
A Alemanha encerrou quase 10 anos de crescimento econômico. "Agora é oficial, é a recessão do século", afirma Andreas Scheuerle, economista do DekaBank.
"O que até agora foi impossível de conseguir com as quebras dos mercados acionários ou os choques do preço do petróleo foi alcançado por uma minúscula criatura chamada Coronavírus", diz Scheuerle.
Na comparação anual, o PIB (Produto Interno Bruto) da maior economia da Europa recuou 11,7% entre abril e junho, de acordo com dados ajustados sazonalmente da Agência Federal de Estatísticas. Analistas esperavam contração de 11,3% nessa base.
Tanto as exportações quanto as importações de bens e serviços colapsaram no segundo trimestre de 2020, assim como os gastos das famílias e o investimento em equipamentos. Mas os gastos estatais aumentaram.
Com os dados negativos, as Bolsas da região fecharam em queda. Frankfurt recuou 3,45%, Paris, 2% e Londres, 2,3%.
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