O principal caminho para que um brasileiro possa investir no exterior continua a ser a aplicação em ativos negociados no Brasil, mas que têm rentabilidade atrelada a papéis negociados fora do país. E essas modalidades também cresceram expressivamente nos últimos 12 meses.
O principal veículo são os fundos de investimento. Nos últimos anos, cresceu a oferta de fundos que aplicam em ativos no exterior, alguns deles acompanhando o desempenho de índices dos mercados de ações internacionais.
Esses fundos (de renda fixa, ações ou multimercados) têm hoje um patrimônio de R$ 553 bilhões, crescimento de quase 25% em 12 meses, segundo dados da Anbima (associação do mercado de capitais).
Também é possível adquirir na Bolsa de Valores ETFs (Exchange Traded Fund). Atualmente, são negociados na B3 dois fundos que seguem o índice americano S&P 500 (IVVB e SPXI) e podem ser comprados da mesma forma que se investe em ação.
Outra opção na Bolsa são BDRs (Brazilian Depositary Receipt), papéis emitidos no Brasil que representam ações de companhias do exterior. Também é possível investir em fundos que aplicam em BDRs.
Existem ainda os COEs (Certificados de Operações Estruturadas), uma estratégia de investimento que pode ter ganho ligado a uma ação ou índice no exterior.
Como investir no exterior
ESCOLHA DO MERCADO
É possível enviar recursos para fora do país ou aplicar em fundos brasileiros que investem no exterior
O QUE FAZER
O primeiro passo é encontrar a corretora ou banco pelo qual pretende investir no exterior
TRANSFERÊNCIA
Procure seu banco no Brasil e informe o valor que pretende mandar ao exterior; atenção às taxas
LONGO PRAZO
É importante destinar recursos a aplicações no exterior apenas se não for precisar deles no curto prazo
ORIENTAÇÃO
Para investir em um mercado desconhecido, orientação de profissionais é essencial
TAXAS
Negócios no exterior estão sujeitos a taxas de corretagem e emolumentos
LEÃO
Tem que declarar o ajuste anual de IR; é preciso recolher imposto sobre ganho
DECLARAÇÃO
Recursos brasileiros mantidos fora do país por residentes no Brasil, como bens, depósitos, imóveis, e ações, devem ser declarados ao Banco Central anualmente (a partir de US$ 100 mil) ou trimestralmente (a partir de US$ 100 milhões). As multas por não declarar variam de R$ 2.500 a R$ 250 mil, podendo ser aumentada em 50% em alguns casos
DIVERSIFICAÇÃO
Não é indicado ter aplicações somente no exterior; diversificar é a melhor forma de reduzir riscos
Veja alguns tipos de aplicações ligadas a ativos no exterior
Fundos de Investimentos no exterior
Exige transferência de recursos para fora do país
Ações negociadas em mercados no exterior
Exige transferência de recursos para fora do país
Fundos de Investimentos nacionais que aplicam no exterior
São oferecidos por bancos e corretoras, seguem a legislação brasileira e as transações são feitas em reais.
ETFs (Exchange Traded Fund)
Na Bolsa de Valores, há dois fundos que acompanham o índice norte-americano S&P 500 (IVVB e SPXI) e podem ser adquiridos diretamente, da mesma forma que é feita a compra de uma ação. O ETF costuma ter taxa de administração menor que a dos fundos tradicionais.
COE (Certificado de Operações Estruturadas)
São estratégias de investimentos, nesse caso, com rentabilidade atrelada a uma ação ou índice no exterior. Em geral, possuem capital protegido, ganho limitado a um determinado percentual e prazo fixo de resgate. Oferecido por bancos e corretoras.
BDR (Brazilian Depositary Receipt)
Papel emitido no Brasil que representa um valor mobiliário de companhias com sede no exterior. Negociado na Bolsa de Valores, com operações realizadas no Brasil e liquidação em reais.
Fontes: B3, Banco Central e CVM (Comissão de Valores Mobiliários)
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