Ações de Vale passam por leilão após BNDES anunciar venda

Papéis ficaram de fora do pregão no início das negociações da Bolsa nesta terça (4)

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São Paulo | Reuters

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) espera levantar cerca de R$ 8 bilhões com a venda de mais de 100 milhões de ações da mineradora Vale, disse nesta terça-feira (4) uma fonte próxima da transação.

As ações da Vale ficaram em leilão no início do pregão da Bolsa de Valores brasileira nesta terça-feira (4). Segundo a pessoa com conhecimento sobre o assunto, esse é o maior leilão da história do Brasil e da América Latina.

Informações da Agência Bovespa apontam que houve operação com forte volume de papéis da companhia ao preço de R$ 58,76. Na véspera, os papéis fecharam a R$ 60,26.

A operação acontece um dia após a agência Bloomberg noticiar que o BNDES estava buscando vender US$ 1 bilhão (US$ 5,32 bilhões) de sua participação na Vale neste mês.

O banco estatal é o quinto maior detentor da mineradora, com 6,12% das ações.

Logo da mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais
Logo da mineradora Vale - Adriano Machado/Reuters

Na volta do leilão, que se encerrou 11h40, as ações chegaram a subir cerca de 1%. Por volta de 12h34, os papéis caem 0,6% a R$ 59,88. O Ibovespa recua 1,6%, a 101 mil pontos.

No leilão de ações, a Bolsa não fecha negócios com os papéis à medida que as ofertas chegam, como ocorre normalmente durante as negociações: as ofertas de compra e de venda das ações são apenas registradas e só depois de todas aceitas é que os negócios são fechados, quando os preços de compra e venda se encaixam. Durante esse processo, as ações saem do pregão.

Conforme informações da Agência Bovespa, um dos leilões envolveu 100 milhões de ações e teve a Merrill Lynch como corretora vendedora e compradora na operação.

A agência também cita Merrill Lynch como intemediadora de operação envolvendo outros 64 milhões de papéis.

Também está previsto leilão envolvendo 17 milhões de ações, que terá a corretora Nova Futura como compradora e a corretora XP Investimentos como vendedora.

Analistas do Itaú BBA citaram uma pressão de curto prazo nos papéis, em razão de 'overhang' (excesso de ações no mercado), mas veem a operação de venda pelo BNDES como positiva.

"Embora acreditemos que essa venda potencial possa representar um 'overhang' no curto prazo, depois disso observamos que as ações da Vale podem fechar parte do recente 'gap' contra seus pares australianos. Nós continuamos gostando da Vale a preços atuais", citaram em nota a clientes.

(Com Reuters)

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