A Folha e o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) promovem nesta quinta (20), às 10h, o seminário online "Informalidade, desigualdade e o sistema de proteção social”, com acesso livre aos interessados no tema, que ganhou grande relevância com a epidemia do novo coronavírus no Brasil.
Os trabalhadores informais foram os principais afetados pela crise econômica provocada pela Covid-19 e os maiores beneficiários do programa de ajuda mensal de R$ 600 administrado pela Caixa Econômica Federal.
Com o programa agora prorrogado por dois meses, crescem as dúvidas sobre como continuar financiando a ajuda a essa parcela da população e a respeito do futuro do mercado de trabalho, cada vez mais informal no Brasil.
Depois de forte queda durante os anos 2000, que continuou em menor intensidade até 2014, a informalidade voltou a subir com a recessão de 2014-2016 e a lenta recuperação que se seguiu.
Pouco antes da pandemia, a taxa de informalidade estava em torno de 42% da população ocupada.
A pandemia evidenciou a enorme vulnerabilidade social desse grupo de trabalhadores, o que estimulou também o surgimento de várias propostas, tanto por parte de analistas como de parlamentares, com o objetivo de reforçar a rede de proteção social do país.
Outra motivação para o interesse crescente por programas sociais voltados aos trabalhadores informais são as mudanças nas relações de trabalho associadas à “economia dos aplicativos”, que em geral não estão sujeitas à legislação trabalhista e gozam de baixa proteção social.
Participam do encontro Fernando Veloso, pesquisador do FGV Ibre, Pedro Nery, consultor Legislativo do Senado Federal, e Vinícius Botelho, pesquisador associado do FGV Ibre, com a moderação do repórter especial da Folha Fernando Canzian.
O seminário pode ser acompanhado abaixo.
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