EUA impõem restrições sobre exportações para a maior fabricante chinesa de chips

Fornecedores de certos equipamentos agora precisarão requisitar licenças individuais

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Xangai e Washington | Reuters

O governo dos Estados Unidos impôs restrições sobre exportações para a maior fabricante chinesa de chips, após ter concluído que há um "risco inaceitável" de que os equipamentos fornecidos à empresa possam ser usados para fins militares.

Fornecedores de certos equipamentos para a SMIC, ou Semiconductor Manufacturing International Corporation, agora precisarão requisitar licenças individuais de exportações, segundo uma carta do Departamento de Comércio com data de sexta-feira (25), vista pela agência de notícias Reuters.

A SMIC é a segunda grande empresa chinesa de tecnologia a enfrentar restrições comerciais dos EUA, depois da gigante Huawei Technologies, cujo acesso a chips de alta tecnologia foi restrita depois que a companhia entrou para uma lista negra dos EUA.

Presidente americano, Donald Trump, em entrevista a jornalistas antes de assinar a primeira fase do acordo comercial entre EUA e China
Presidente americano, Donald Trump, em entrevista a jornalistas antes de assinar a primeira fase do acordo comercial entre EUA e China; governo americano barrou exportações por acreditar que companhia poderia estar usando equipamentos para fins militares - Kevin Lamarque - 15.jan.2020/Reuters

O Pentágono disse mais cedo neste mês que está avaliando colocar também a SMIC na lista negra, enquanto autoridades dos EUA identificaram uma ameaça devido à alegada "fusão" de tecnologias civis e militares.

Procurada para comentários, a SMIC disse que não recebeu qualquer aviso de autoridades sobre as restrições e afirmou que não tem laços com militares chineses.

"A SMIC reitera que produz semicondutores e fornece serviços apenas para civis e usuários finais do setor comercial, além de clientes finais."

O Departamento de Comércio recusou-se a comentar especificamente sobre a SMIC, mas disse que sua unidade de Indústria e Segurança está "constantemente monitorando e avaliando quaisquer potenciais ameaças à segurança nacional dos EUA e seus interesses em política externa".

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