Uber vence recurso e volta a operar em Londres

Empresa havia sido suspensa após descoberta de ao menos 14 mil viagens feitas por motoristas sem licença

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Bruxelas

A Uber venceu na Justiça nesta segunda-feira (28) o recurso contra a proibição de operar na cidade de Londres. A cidade é o maior mercado europeu da empresa americana, com mais de 3,5 milhões de usuários, segundo estimativa da Business of Apps.

A decisão do Tribunal de Magistrados de Westminster é uma derrota para o prefeito da capital britânica, Sadiq Khan, que desde 2017 tenta revogar a licença da empresa americana de transporte compartilhado.

No lance mais recente, em novembro do ano passado, a agência de transporte de Londres (TfL) havia retirado a autorização de operação depois da revelação de que mais de 14 mil viagens haviam sido feitas por motoristas sem licença.

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Logo da Uber - Brendan McDermid - 10.mai.19/Reuters

A Uber argumentou que as contas falsas foram responsabilidade de uma quadrilha e não representavam um problema geral do sistema de controle da empresa.

Segundo o tribunal, a empresa eliminou as falhas de segurança e seus sistemas de supervisão e controle.

A decisão, que renovou a licença por 18 meses, afirma que os problemas não eram graves o suficiente para rejeitar a licença de operação.

A regional da Uber para a Europa ocidental e do norte afirmou que o resultado era um "reconhecimento do compromisso da empresa com a segurança".

A agência londrina TfL, por sua vez, afirmou que as melhorias de segurança foram implantadas por causa das restrições impostas em novembro, e que "monitorará de perto a adesão da Uber aos regulamentos e tomará medidas rapidamente se eles não cumprirem os padrões exigidos".

A volta da Uber desagradou aos motoristas de táxi tradicionais, que bloquearam várias ruas de Londres em protesto. Na cidade operam outras empresas de transporte compartilhado, como a indiana Ola, a alemã Freenow e a estoniana Bolt.

O mercado britânico de transporte público por automóveis (táxis e aplicativos) é o quarto maior do mundo em receitas (US$ 6,9 bilhões por ano, ou R$ 38 bi) e o décimo em penetração (26,4%), segundo a Statisa.

A batalha de capitais europeias contra empresas de tecnologia não se restringe a Londres. Na última terça (22), a Justiça francesa autorizou a Prefeitura de Paris a limitar o número de apartamentos oferecidos pelo Airbnb.

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