Banco Central espera queda de 4,5% no PIB este ano

A projeção é melhor do que a divulgada no último Relatório de Inflação, de 5%

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Brasília

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que espera queda de 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, como efeito da crise gerada pela pandemia da Covid-19.

O titular do BC participou de evento virtual promovido pelo Milken Institute nesta segunda-feira (19).

A previsão é melhor do que a apresentada no último Relatório de Inflação da autoridade monetária, em setembro, que era de retração de 5% na atividade.

"Entre os emergentes, fomos o país que mais gastou na pandemia, com o auxílio emergencial e outras medidas, mas também fomos o que caiu menos e que teve recuperação mais forte", disse Campos Neto.

A queda esperada pela autarquia é menor também do que a estimada pelo Banco Mundial no início deste mês, de 5,4%.

A projeção oficial do Ministério da Economia é de retração de 4,7%. Já o mercado espera queda de 5%, segundo relatório Focus, do BC, divulgado nesta segunda.

O PIB do segundo trimestre de 2020 registrou retração inédita de 9,7% na comparação com os três meses anteriores.

Esse foi o período mais intenso dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, como mostraram também dados de outros países.

Em relação ao mesmo período de 2019, o PIB caiu 11,4%. Ambas as taxas foram as maiores quedas da série, iniciada em 1996, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Na ocasião, o presidente do BC ressaltou que o custo de ter sido o país que mais gastou com a pandemia é o risco fiscal.

"Antes da Covid-19, estávamos em processo de reinventar o crescimento, com mais capital privado. Fomos capazes disso por conta das reformas, que possibilitaram baixar os juros [Selic]", completou.

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