BC estende redução de compulsório para pandemia até abril de 2021

Autoridade monetária também diminuiu permanentemente o percentual de recolhimento; mudança tem impacto de R$ 62 bilhões

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Brasília

O Banco Central decidiu, nesta sexta-feira (2), estender a redução da alíquota dos depósitos compulsórios a prazo –volume de recursos de clientes que os bancos não podem usar para conceder crédito. Até abril do próximo ano, o percentual permanecerá em 17%.

A medida foi tomada em resposta à crise gerada pela pandemia. A previsão era que a alíquota voltasse para os 25% em dezembro deste ano.

O BC também diminuiu permanentemente o recolhimento para 20% a partir de abril de 2021.

Depósitos compulsórios a prazo são a fatia do valor investido por clientes no banco comercial (por meio de CDB, por exemplo) que as instituições devem depositar no BC como forma de um seguro para diminuir a alavancagem, ou seja, que esse dinheiro seja emprestado indiscriminadamente, colocando a instituição em risco em caso de inadimplência.

Quando a autoridade monetária reduz essa parcela, deixa mais recursos livres para que os bancos emprestem aos clientes.

Com a mudança, os bancos terão que depositar R$ 62 bilhões a menos no BC a partir de abril de 2021.

A autoridade monetária disse considerar que permanecem as condições mais restritivas de captação bancária. "A decisão, no atual momento, visa dar previsibilidade para que o mercado se ajuste para cumprir a nova alíquota", afirmou, em nota.

Em março, o BC reduziu de forma temporária a alíquota, que era de 25%, dentro do pacote de medidas para aumentar a liquidez do sistema financeiro em R$ 1,2 trilhão em razão da crise do coronavírus.

Em fevereiro, o BC já tinha diminuído o percentual de 31% para 25%.

Liquidez é facilidade com que um ativo financeiro pode ser convertido em dinheiro. Quanto mais dinheiro há no sistema financeiro, mais rápida é essa troca. Se não há liquidez, o mercado tende a se contrair.

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