O Conselho de Administração do Itaú Unibanco anunciou nesta quinta feira (29) o nome do novo presidente da instituição financeira, Milton Maluhy Filho, que irá substituir Candido Bracher.
Bracher precisa deixar o cargo pela regra adotada pela instituição, que impõe a idade limite de 62 anos para o presidente. O executivo chegará a essa idade em dezembro.
"Durante os próximos três meses, Candido e Milton conduzirão um processo de transição e a investidura efetiva do Milton nas novas funções se dará em 2 de fevereiro de 2021", diz o banco em nota.
Milton, 44, ingressou no banco em 2002 e ocupou diversas funções, como gerente de câmbio, diretor-executivo de produtos, mesas e operações de atacado, diretor executivo da Rede e de cartões, presidente do banco no Chile e, atualmente, vice-presidente da área de Riscos e Finanças.
“Esta experiência diversificada e profunda, cobrindo vários setores de atuação do banco em diferentes níveis de responsabilidade, tornam o Milton especialmente qualificado para assumir as funções de CEO do Itaú Unibanco num momento tão crucial de nossa história”, diz o comunicado do banco, assinado pelos copresidentes do conselho, Pedro Moreira Salles e Roberto Egydio Setubal.
“As prioridades agora estarão voltadas para a digitalização de nossas operações e a busca incansável do crescimento em um contexto competitivo particularmente dinâmico, que exigirá de todos a dose certa de ousadia, inovação e experimentalismo, somados a uma atenção absoluta à execução.”
Em agosto deste ano, Bracher afirmou que o novo presidente do banco deveria sair do comitê executivo, formado pelos diretores gerais Caio Ibrahim David e Márcio Schettini, e pelos diretores vice-presidentes André Sapoznik e Milton Maluhy Filho.
Após a transição, Bracher retornará ao Conselho de Administração do Itaú Unibanco. Ele ocupa o cargo de presidente desde 2017, quando sucedeu Roberto Setubal, membro de uma das famílias controladoras do banco e que ficou no posto de presidente-executivo do banco por 23 anos.
O lucro do Itaú caiu pela metade no 2º trimestre, para R$ 3,4 bilhões, quando comparado com igual período de 2019.
O resultado refletiu mais uma rodada de reservas feitas pelo Itaú para cobrir possíveis calotes decorrentes da crise causada pela pandemia do novo coronavírus: no trimestre de abril a junho o banco reservou R$ 7,6 bilhões para eventual inadimplência, quase o dobro do que havia separado um ano antes.
A carteira de crédito cresceu 20% na comparação com o segundo trimestre de 2019, para R$ 811,3 bilhões. O ativo total do banco era de R$ 2,075 trilhões.
O balanço do terceiro trimestre será divulgado no dia 3 de novembro.
Raio-X do Itaú Unibanco no 2º trimestre de 2020
Valor de Mercado: US$ 45,9 bilhões*
Ativos totais: R$ 2,075 trilhões
Carteira de crédito: R$ 811,3 bilhões
Lucro líquido: R$ 4,2 bilhões
Número de países em que atua: 18
Clientes no varejo: 56 milhões (abril 2020)
Agências e PABs: 4.500
Colaboradores: 97 mil
Principais concorrentes: Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa
*Valor de mercado equivalente a R$ 264,61 bilhões em 29/10/2020.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.