O grupo de telecomunicações Oi anunciou nesta sexta-feira (9) o lançamento de um plano de demissão voluntária (PDV) com objetivo de conseguir adesão de cerca de 2.000 funcionários, ou até 15% do quadro de pessoal.
A empresa afirma que o plano oferece "condições diferenciadas que incluem parcela de natureza indenizatória em função do tempo de empresa e extensão de benefícios como plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida, entre outras concessões", mas não deu detalhes sobre valores.
A Oi pediu recuperação judicial em 2016 com uma dívida, à época, de R$ 65 bilhões. A empresa negocia a venda de unidades, como a telefonia móvel, torres, e de parte da rede de fibra óptica para financiar o crescimento da sua banda larga e pagar dívidas.
Segundo balanço do primeiro trimestre, o total da dívida financeira da Oi era de R$ 24 bilhões. A dívida que está na recuperação judicial é ainda maior, porque inclui outros créditos, como aqueles obtidos com a Anatel.
Em conversas com representantes do governo e da Anatel, o presidente da companhia, Rodrigo Abreu, deixou claro que a empresa pretende se tornar uma grande fornecedora de infraestrutura fixa —rede e serviços— para concorrentes em todo o país, especialmente na instalação das redes de 5G.
De acordo com dados da consultoria Teleco de maio, a Oi é a quarta colocada no mercado de telefonia móvel no país, com participação 16,28%. A primeira é a Vivo, com 33,01%, seguida pela Claro/Nextel, com 25,97%, e pela TIM, com 23,20%.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.