Agência de classificação de risco Fitch vê menor retração do PIB brasileiro em 2020

Expectativa de crescimento para 2021 é reduzida, e país pode ter 'vários riscos de baixa'

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São Paulo | Reuters

A agência de classificação de risco Fitch Ratings melhorou sua previsão para o desempenho da economia do Brasil neste ano, mas reduziu a expectativa para 2021, citando "vários riscos de baixa" para o próximo ano, incluindo efeitos da retirada do auxílio emergencial e o desemprego persistentemente alto.

A Fitch passou a ver contração de 4,6% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, ante queda de 5,0% esperada em meados de novembro e recuo de 5,8% projetado em setembro.

Para 2021, a previsão é que o PIB cresça 3,1%, frente a uma taxa de 3,2% projetada antes, conforme relatório com data desta segunda-feira (7).

"O ressurgimento do coronavírus, o endurecimento das medidas de distanciamento social e/ou manobras de política que minem a confiança do mercado na trajetória fiscal futura são riscos adicionais de queda (à taxa de crescimento do PIB)", disse a Fitch em nota.

De toda forma, a expansão da economia em 2021 será amparada pela combinação entre retomada da atividade mundial, "forte" crescimento da China (principal parceiro comercial do Brasil) e uma taxa de câmbio "competitiva".

"Uma política monetária acomodatícia e possível redução na poupança das famílias ante níveis recentemente elevados continuarão a facilitar uma recuperação econômica gradual, além do efeito da base favorável decorrente da flexibilização de medidas de distanciamento social", afirmou a agência.

A Fitch elevou a projeção de inflação a 4,2% para este ano, num contexto de maiores pressões sobre alimentos, energia e repasse da desvalorização cambial. Para 2021, a expectativa é que o IPCA desacelere para 3,5%.

A Selic será elevada dos atuais 2% para 3% ao fim de 2021, segundo a Fitch, que estima dólar a 5,20 reais no término do ano que vem, frente a uma taxa esperada de R$ 5,40 para a conclusão de 2020.

Para 2022, a Fitch calcula crescimento de 2,5% do PIB, inflação ao consumidor de 3,5%, taxa Selic em 4,50% ao final do ano e dólar a R$ 4,90.

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