Congresso dos EUA chega a acordo para socorro à economia, diz republicano

Pacote serve para auxiliar nos danos causados pela pandemia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Washington | AFP

Um acordo foi alcançado neste domingo (20) no Congresso dos Estados Unidos entre democratas e republicanos para a votação de um novo plano de apoio à economia, em negociação desde o início do segundo semestre, anunciou o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.

"Podemos finalmente dizer o que nossa nação precisa ouvir há muito tempo. Mais ajuda [econômica] está a caminho", disse ao Senado. Segundo McConnell, os quatro líderes do Senado e da Câmara chegaram a um consenso. O pacote prevê US$ 900 bilhões (R$ 4,5 trilhões) para auxiliar nos danos causados pela pandemia da Covid-19,.

"Nossos cidadãos continuam a lutar contra o coronavírus nesta temporada de festas, e eles não vão mais lutar sozinhos", acrescentou, lamentando que o acordo não tenha sido alcançado anteriormente.

Uma apoiadora segura um cartaz com o rosto de Joe Biden em Los Angeles, Estados Unidos - Apu Gomes/AFP

Mitch McConnell disse que o pacote pretende renovar e estender uma série de benefícios que apoiam o auxílio-desemprego.

O líder republicano disse que o texto deve ser finalizado para evitar "qualquer obstáculo de última hora" e cooperando para a aprovação em ambas as câmaras. A votação poderá acontecer já na segunda-feira (21).

O Congresso também decidiu prorrogar por 24 horas a lei de curto prazo que permite o financiamento dos governos federais, medida que visa evitar um "shutdown" enquanto o orçamento de 2021 deve ser votado.

As duas partes se culpam há meses pelo bloqueio das negociações para este segundo pacote.

O primeiro, no valor US$ 2,2 trilhões (R$ 11,2 trilhões), foi votado com urgência no final de março, logo no início da pandemia.

Na manhã deste domingo, o senador republicano Mitt Romney indicou na CNN que um acordo deveria ser alcançado no domingo. "Ainda há pontos de discórdia, mas o principal foi resolvido ontem à noite", explicou, referindo-se ao Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

As autoridades eleitas haviam de fato encontrado um meio-termo na noite passada sobre o papel do Fed para apoiar a maior economia do mundo, devastada pela pandemia de covid-19.

O acordo manteria a capacidade do Fed de implementar programas de empréstimos de emergência sem a aprovação do Congresso, segundo o jornal The Wall Street Journal.

Por outro lado, o Fed precisaria de sua aprovação se quisesse lançar programas semelhantes aos incluídos no plano de emergência de US$ 2,2 trilhões.

Segundo Mitt Romney, o valor do auxílio para população com maior dificuldade será de US$ 600. Os democratas queriam o dobro, como no primeiro pacote.

"Seria bom se fosse [um valor] mais alto, mas aqueles que trabalham no desenvolvimento desse plano reconhecem que a prioridade é ajudar as pequenas empresas a manter o emprego", disse Romney. "Ajudar as pequenas empresas é essencial", insistiu o senador republicano.

O novo plano também inclui medidas para a distribuição e logística das vacinas contra o coronavírus, bem como benefícios adicionais de desemprego de US$ 300 por semana.

No início de dezembro, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, pediu ao Congresso que aprovasse o pacote econômico e prometeu mais ações para reativar a economia depois que assumir o cargo no mês que vem.

Biden disse que qualquer pacote desse tipo aprovado pelo Congresso antes de ele assumir, em 20 de janeiro, seria "apenas o começo".

"Minha equipe de transição já está trabalhando no que apresentarei no próximo Congresso para tratar das múltiplas crises que enfrentamos, especialmente nossas crises econômicas e da Covid", disse o democrata.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.