Odebrecht e Itapemirim se juntam para disputar licitação de linhas da CPTM

Concorrência prevê R$ 3,2 bilhões em investimentos em oito anos

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São Paulo

As empresas Itapemirim e OEC (Odebrecht Engenharia e Construção) fecharam na segunda (21) um acordo para a formação de um consórcio que disputará a licitação da concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A parceria com a OEC, braço de construção da holding Novonor (ex-Grupo Odebrecht), diz Sidnei Piva, presidente-executivo do Grupo Itapemirim, deve se estender a outros negócios. A ideia é participar também de concessões de rodovias, ferrovias e aeroportos.

Estação Comandante Sampaio, na linha 8, é uma das previstas no pacote da concessão - Ronny Santos-17.nov.20/Folhapress

O edital da concorrência das linhas férreas que atendem parte da capital e da Grande SP foi publicado no dia 1° deste mês. Segundo Piva, as equipes das duas empresas se reunirão nesta quarta (23) para o primeiro encontro de trabalho, quando serão levantadas todas as obrigações previstas na proposta.

O investimento para a administração das duas linhas está estimado em R$ 3,2 bilhões em oito anos, segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos.

Piva diz que as empresas avaliam agora quem será o parceiro financeiro na empreitada —ele poderá ou não integrar o consórcio.

“Temos vários parceiros financeiros em análise, a Odebrecht tem vários fundos, mas ainda está em análise. Estamos em busca do melhor parceiro”, afirma Piva.

Quem vencer a concorrência vai administrar as duas linhas por 30 anos. “Acreditamos que o consórcio tem qualidade e experiência para construir a melhor proposta”, diz Piva. O valor mínimo da outorga é de R$ 303 milhões —esse será o critério mais importante na concorrência.

Os envelopes com as propostas técnica e comercial deverão ser entregues em 2 de março. O acordo prevê que a Itapemirim será a líder do consórcio e deverá elaborar os estudos de viabilidade, que incluem as análises técnica, jurídica e econômica da proposta.

Caberá à Odebrecht os estudos de engenharia e certificados técnicos. As obras civis serão realizadas exclusivamente pela construtora.

As duas linhas transportam diariamente, segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, mais de 1 milhão de passageiros.

Na Linha 8–Diamante, a empresa vencedora administrará 41,6 km e 22 estações em seis municípios, além de um pátio de manutenção e estacionamento de trens e a futura estação Ambuitá, que será construída pela empresa vencedora. Na Linha 9–Esmeralda, são 32,5 km e 18 estações, três delas em construção, em dois municípios.

Em nota, o diretor da OEC para o Brasil, Raul Ribeiro, diz que executar obras de mobilidade urbana é uma das especialidades da empresa.

“Colocaremos toda a nossa experiência acumulada como construtor, operador e mantenedor de ativos desta natureza à disposição do nosso parceiro e do poder concedente para garantir, dentro dos prazos e custos estabelecidos, que as cidades da região metropolitana contempladas nos trajetos das duas linhas possam usufruir o quanto antes de uma nova referência de serviço de transporte urbano”.

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