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Argentina suspende proibição de exportação de milho e limita embarques diários

Terceiro maior fornecedor mundial do cereal, país anunciou em dezembro uma paralisação de dois meses para controlar preço doméstico

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Buenos Aires | Reuters

A Argentina suspendeu a proibição das exportações de milho anunciada em dezembro e vai optar por um limite diário temporário de 30 mil toneladas nas vendas ao exterior, disse o Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (11), recuando da medida mais restritiva que havia enfurecido agricultores na indústria de grãos do país.

O terceiro maior fornecedor mundial do cereal anunciou em 30 de dezembro uma paralisação de dois meses nas exportações de milho em uma tentativa de controlar os preços domésticos dos alimentos em meio a uma longa recessão e a pandemia da Covid-19.

Milho sai de colheitadeira para carroceria de caminhão em lavoura no norte do Paraná - Mauro Zafalon - 21.jul.2016/Follhapress

O Ministério da Agricultura disse em um comunicado na madrugada desta segunda-feira que fechou acordos para garantir o fornecimento doméstico de milho e amortecer os preços locais contra as flutuações nos mercados internacionais, permitindo o fim da proibição total dos embarques.

A indústria bovina e avícola da Argentina usa o milho para a engorda dos animais. O governo esperava inicialmente que, ao manter mais milho no país, o custo da alimentação do gado cairia, aumentando o abastecimento doméstico de alimentos.

Mas os agricultores protestaram contra a suspensão na semana passada e lançaram uma greve, dizendo que a proibição total pressionou a produção para baixo e os forçou a moderar os investimentos.

As associações argentinas de soja, milho, trigo e sementes de girassol disseram que tal intervenção nos mercados de exportação minou a confiança e levaria a uma retirada imediata dos investimentos.

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