Economista Michael França será novo colunista da Folha

Coordenador do Núcleo de Estudos Raciais do Insper escreverá a cada 2 semanas

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São Paulo

O economista Michael França passa a assinar coluna na Folha. Na versão impressa, as colunas serão publicadas às terças-feiras, alternando com Cecilia Machado, professora da EPGE (Escola Brasileira de Economia e Finanças) da FGV.

Ele estreia nesta terça (12).

Formado em economia na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e doutor em teoria econômica pela USP (Universidade de São Paulo), França é pesquisador no Insper e coordenador do Núcleo de Estudos Raciais da instituição.

Entre 2018 e 2019, foi pesquisador visitante na Universidade Columbia, em Nova York, pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

O economista Michael França - Bruno Santos/Folhapress

Mineiro, nascido na periferia da cidade de Uberaba, a história de França, 32, começa no sertão baiano. Seu pai nasceu em um sítio em Pintadas e, para fugir da seca e da fome, aos 14, foi trabalhar em Minas Gerais.

O economista diz que sua origem foi marcada por vivenciar de perto diversos desafios sociais que afligem a sociedade brasileira.

Na escola pública que frequentava, lembra o economista, os professores não falavam sobre a possibilidade do ensino superior, pois poderia colocar “falsas expectativas” na cabeça dos alunos.

“O Brasil é um país que deu certo. Aliás, muito certo. Porém, somente para um grupo específico da população. Nos jornais, na TV, na política, na direção das empresas, no corpo docente das universidades... São sempre os mesmos rostos, e isso representa algo que se reproduz entre as gerações”, afirma.

Em 2011, França ganhou o diploma de mérito de melhor aluno da turma de graduação em economia da Unesp e, em 2015, terminou o mestrado em economia pela USP.

No mesmo ano, foi convidado para representar a universidade no Econometric Game, competição mundial de econometria realizada anualmente entre diversas universidades de prestígio em Amsterdã.

França explica que colaborar com outros pesquisadores é uma des suas missões para tentar reverter o quadro social brasileiro.

“Existem diversas pessoas fazendo trabalhos incríveis na academia. Entretanto, infelizmente, os resultados dessas pesquisas não chegam para a população. Assim, meu intuito é procurar fazer com que o debate acadêmico seja mais acessível para o maior número de pessoas possível”, diz.

No ano passado, o economista colaborou com artigos para Folha, com os textos "De frente pro crime" e "A arte imita a vida ou a vida imita a arte?".

O publicitário Nizan Guanaes continuará a publicar colunas às terças-feiras, em semanas alternadas, nas plataformas digitais da Folha. Nizan escreve nesta semana e depois entra em férias.

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