O fim do auxílio emergencial em dezembro fez com que 2021 começasse com um salto na taxa de pobreza extrema no Brasil.
No momento em que governo federal e Congresso procuram realizar mais rodadas de ajuda aos pobres, o país tem mais pessoas na miséria hoje do que antes da pandemia —e mais que no início da década passada, em 2011.
Em janeiro, 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia), linha de pobreza extrema calculada pela FGV Social a partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) Contínua e Covid-19.
No total, segundo projeção da FGV Social, quase 27 milhões de pessoas estão nessa condição —mais que a população da Austrália.
Com a pandemia ainda longe de controle, o que deve impactar negativamente a atividade econômica neste primeiro trimestre, a concessão de uma nova modalidade de auxílio emergencial passou a ser prioridade.
Para debater o tema, a Folha e o Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas) promove nesta quinta (25), a partir das 10h, seminário online com especialistas.
Participam os pesquisadores do Ibre-FGV Daniel Duque e Fernando Veloso e o professor do Insper Naercio Menezes. A mediação será do repórter especial da Folha Fernando Canzian.
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