Descrição de chapéu Financial Times Governo Biden

Joe Biden vai ordenar revisão de cadeias de suprimentos em crise

Governo diz que não destaca nenhum país, mas examinará onde país está 'excessivamente dependente'

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Demetri Sevastopulo Aime Williams
Washington | Financial Times

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai ordenar uma revisão das cadeias de suprimentos críticas para reduzir sua dependência da China e outros rivais, de terras-raras e suprimentos para medicamentos a semicondutores.

Biden assinará um decreto executivo na quarta-feira (24) exigindo que órgãos federais façam revisões durante cem dias das cadeias de suprimentos para semicondutores, produtos farmacêuticos, baterias para veículos elétricos e minerais fundamentais para a fabricação de produtos como carros e armas.

"Vamos sair do negócio de reagir às crises na cadeia de suprimentos quando elas surgem e entrar no negócio de ficar à frente dos futuros problemas na cadeia de suprimentos", disse uma autoridade federal em um comunicado sobre a ação iminente.

Ford estima redução da produção no primeiro trimestre devido o corte gerado pela falta de semicondutores - Rebecca Cook - 17.set.20 / Reuters

O Financial Times relatou neste mês que Biden se preparava para emitir o decreto. Durante a campanha presidencial, ele prometeu reduzir o choque na cadeia de suprimentos que surgiram no início da pandemia com a falta de máscaras e equipamento de proteção para os profissionais de saúde.

A ordem também exigirá revisões separadas de um ano em seis setores: defesa, saúde pública, prontidão biológica, TI, transporte e produção de energia e alimentos.

A autoridade disse que Washington "não está destacando nenhum país", mas examinará onde os EUA estão "excessivamente dependentes" de um país rival.

"Estamos olhando os riscos representados pela dependência de países concorrentes", disse a autoridade, citando o exemplo de contar demais com a China para o fornecimento de terras-raras.

A medida surge enquanto a Casa Branca corre para resolver a falta de semicondutores para a indústria de automóveis, depois que várias fábricas americanas, como as operadas pela Ford e a General Motors, foram obrigadas a interromper a fabricação temporariamente.

Jake Sullivan, assessor de segurança nacional dos EUA, e Brian Deese, chefe do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, estão trabalhando com a indústria de carros e aliados dos EUA tentando identificar gargalos na cadeia de suprimentos.

"Estamos envolvidos ativamente com a indústria para garantir que a indústria automotiva tenha os chips de que precisa na maior extensão prática", disse a autoridade. "Também estamos envolvidos com países estrangeiros e empresas estrangeiras para incentivar o aumento da produção em todo o mundo."

Mas a autoridade acrescentou que "não há bala mágica para resolver os problemas em curto prazo", o que, segundo ele, salienta a necessidade de revisões das cadeias de suprimentos.

A indústria de semicondutores dos EUA aproveitou a escassez para fazer lobby para o governo financiar a fabricação doméstica de chips, que ela considera crucial para garantir as cadeias de suprimentos e manter a vantagem sobre a China.

Tradução Luiz Roberto M. Gonçalves

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