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Listagem da Getnet pode acontecer no 3º trimestre, diz Santander

Pedido para cisão das companhias deve ser enviado ao Banco Central em abril

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São Paulo

​A listagem da Getnet pode acontecer até o terceiro trimestre deste ano, afirmou o presidente do Santander, Sérgio Rial, nesta quarta-feira (3). A expectativa é que o pedido para a cisão da companhia de maquininhas seja enviado ao Banco Central ainda em abril.

Em comunicado enviado aos acionistas nesta terça (2), o banco informou que concluiu os estudos para segregar as participações acionárias das duas companhias –o que faz com que os acionistas do Santander se tornem acionistas diretos da Getnet.

O estudo havia começado em novembro de 2020.

Sergio  Rial, presidente do Santander
Sergio Rial, presidente do Santander - Zanone Fraissat - 2.dez.2019/Folhapress

“A diretoria executiva do Santander Brasil submeterá ao conselho de administração suas conclusões, assim como sua recomendação positiva”, disse o banco em nota.

Com a aprovação do conselho fiscal, haverá a convocação da assembleia geral extraordinária de acionistas para decidir sobre a cisão de maneira definitiva.

“Esperamos, até o final do primeiro trimestre, ter a conclusão efetiva do processo interno de governança. Tendo feito isso até 31 de março, começa o processo de pedido ao Banco Central para aprovação dessa cisão”, afirmou Rial.

Segundo ele, a expectativa é que a decisão do Banco Central seja anunciada em dois ou três meses. “Não é impossível pensar na listagem da Getnet no terceiro trimestre deste ano”, disse.

Apesar da perspectiva sobre a listagem da companhia de maquininhas até setembro, Rial explica que o processo não se tratará de um IPO (oferta pública inicial de ações).

“Vamos listar a Getnet por transparência e porque chegou à maturidade. Mas não é um IPO porque o controlador e os acionistas minoritários não estão vendendo a sua participação na companhia”, afirmou Rial.

Em relatório de resultados divulgados nesta quarta-feira (3), o Santander apontou que a Getnet chegou ao final de 2020 com 15% de participação no mercado total e 25% de participação no ecommerce.

A companhia também registrou faturamento de R$ 93,3 bilhões entre crédito e débito no quarto trimestre de 2020, avanço de 52,7% em comparação a igual período de 2019. A empresa totalizou 892 milhões de transações no período –alta de 22,2% na mesma comparação.

Em 2020, o lucro do Santander Brasil atingiu R$ 13,8 bilhões, uma queda de 4,8% em relação a 2019. No quarto trimestre, no entanto, o resultado veio acima do esperado por analistas: lucro de R$ 3,958 bilhões, alta de 6,2% em relação aos mesmos três meses de 2019. A estimativa do mercado era de um lucro de R$ 3,716 bilhões.

O balanço divulgado nesta quarta-feira (3) mostra queda nas provisões para créditos de liquidação duvidosa e aumento nas receitas de tarifas. Ao longo do ano passado, o Santander fez reservas para perdas menores do que seus pares para enfrentar a crise do coronavírus.

No ano, as provisões somaram R$ 12,6 bilhões, aumento de 3,8% em comparação ao registrado no ano anterior. Considerando a provisão extraordinária de R$ 3,2 bilhões que o Santander fez em 2020, o salto foi de 30,2% na mesma relação.

No quarto trimestre, essas reservas registraram queda e 3,4% em relação a igua período de 2019, para R$ 2,883 bilhões.

Apesar do ambiente mais desafiador para os produtos bancários, de seguros até cartões de crédito, as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano, a queda foi de 1,2% na categoria, para R$ 18,5 bilhões.

A carteira de crédito aumentou em 3,6% no trimestre, principalmente no crédito para pessoas físicas e pequenas empresas, enquanto a inadimplência do banco se manteve em 2,1%.

O Santander Brasil apresentou rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 20,9%, uma redução de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

O banco também se concentrou em um programa de corte de custos, reduzindo as despesas operacionais do quarto trimestre em cerca de 2% na comparação anual. A força de trabalho do Santander se reduziu em 3.220 funcionários em 2020, encerrando dezembro em 44.599.

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