Restaurantes enchem na reabertura, mas donos ainda se queixam de restrições

Estabelecimentos de SP voltam a receber clientes neste sábado após fecharem no fim de semana passado

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São Paulo

Depois de terem de fechar as portas no fim de semana passado, os restaurantes de São Paulo reabriram neste sábado (6), e com bastante movimento. Após pressão do setor, o governador João Doria (PSDB-SP) anunciou o retorno da região metropolitana para a fase amarela e permitiu que os restaurantes da capital pudessem reabrir nos finais de semana e até as 22h.

Mesmo com as novas regras e as casas cheias, os donos dos estabelecimentos afirmam que o faturamento ainda está abaixo do que era registrado antes da pandemia do novo coronavírus.

“Estamos lotados neste sábado, mas o faturamento ainda está 60% abaixo do que era antes da pandemia”, afirma Paulo Sousa, dono das casas Nou, Negroni Bar e Bar Estepe.

Movimento no restaurante Santo Grão, no Itaim Bibi
Movimento no restaurante Santo Grão, no Itaim Bibi - Eduardo Anizelli

Entre os motivos listados para a queda nas vendas estão as limitações de horário e lugares.

“Estamos trabalhando com 40% da capacidade das casas. Então, não é difícil encher e tem um movimento de delivery que a gente não tinha antes. Por isso, nosso faturamento está 60% do que era”, diz Fellipe Zanuto, proprietário das casas Cantina, Hospedaria, A Pizza da Mooca e Da Mooca Pizza Shop.

Segundo os proprietários, o movimento muda conforme os anúncios de avanço e regressão de fase são feitos.

“Nós temos visto que, cada vez que o governo anuncia que vai reduzir os horários, antes mesmo de reduzir o movimento cai, e, cada vez quem vem com notícias positivas, o movimento sobe”, afirma Marco Kerkmeester, fundador do Santo Grão.

Com oito casas próprias, Kerkmeester afirma que as casas que ficam em prédios corporativos ainda amargam faturamento de 35% do que era antes da pandemia.

Outra reclamação recorrente é a falta de programação por parte do governo na decisão de abrir e fechar os estabelecimentos.

“Esse vaivém é péssimo. Como dona de restaurante, eu vejo o tamanho do prejuízo. Trabalhamos com tudo perecível. A gente faz uma produção enorme e no dia seguinte vem a decisão de fechar. Aí perdemos tudo”, diz Renata Vanzetto, dona das casas Ema, MeGusta Bar, Mé Taberna, Matilda Lanches e Muquifo Restaurante.

Na quarta-feira (3), o governador João Doria anunciou um pacote de ajuda para o setor. A ajuda inclui oferta de crédito, parcelamento de débitos, suspensão de protestos e proibição do corte de fornecimento de gás e água para quem não conseguir quitar as faturas.

Serão disponibilizados R$ 125 milhões adicionais em crédito por meio do Banco do Povo e da agência Desenvolve SP.

Apesar das medidas, bares só podem ficar abertos até às 20h.

Movimento no restaurante Nou, em Higienópolis
Movimento no restaurante Nou, em Higienópolis - Eduardo Anizelli
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