The New York Times ultrapassa 7,5 milhões de assinantes, mas publicidade diminui

Cobertura da pandemia e eleições nos EUA ajudam a manter receita do jornal

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Marc Tracy
Nova York | The New York Times

O The New York Times estabeleceu um segundo recorde em seu negócio de assinaturas em 2020, ano em que a pandemia, a inquietação social e uma corrida presidencial duramente contestada ocuparam as manchetes, informou a companhia em um relatório de ganhos na quinta-feira (4).

Depois de ganhar 2,3 milhões de assinaturas só digitais em 2020, mais que em qualquer ano anterior, o Times superou 7,5 milhões de assinantes de seus produtos digitais e do jornal impresso, segundo o relatório do quarto trimestre da The New York Times Co.

Os maiores ganhos em 2020 ocorreram durante dois períodos cheios de notícias. No trimestre que começou em abril, quando um grande número de americanos já trabalhava remotamente por causa da pandemia, a companhia acrescentou 669 mil assinantes digitais. No quarto trimestre, que incluiu o dia da eleição, o Times teve um aumento de aproximadamente 627 mil assinaturas digitais.

Prédio do jornal americano The New York Times, em Nova York - Angela Weiss/AFP

"Em 2020, alcançamos dois marcos chaves, os quais esperamos que sejam duradouros: a receita digital superou a do impresso pela primeira vez, e a receita de assinaturas digitais, há muito nosso fluxo de receitas de maior crescimento, também é hoje nossa maior", disse em um comunicado a executiva-chefe da companhia, Meredith Kopit Levien.

Para o ano, a oferta digital básica do Times, seu produto de notícias, ganhou 1,7 milhão de assinantes, um aumento de 48% em relação a 2019. Mais de 5 milhões de assinaturas do Times são somente do produto de notícias, segundo a empresa. Outras ofertas digitais, como os apps Cooking (cozinha) e Games (jogos), ganharam mais de 600 mil assinantes em 2020, um crescimento de 66%, para um total aproximado de 1,6 milhão. As assinaturas restantes –cerca de 833 mil– são do jornal impresso.

No quarto trimestre, a receita de assinaturas digitais foi de US$ 167 milhões (R$ 900 milhões), um salto de 37% em relação aos últimos meses de 2019. No ano, foi de US$ 598,3 milhões (R$ 3,2 bilhões), um aumento de 30%. A receita total de assinaturas em 2020 cresceu 10%, para US$ 1,195 bilhão (R$ 6,4 bilhões).

Um lado negativo no trimestre, e no ano, foram as vendas de anúncios. O fechamento e suspensão de negócios durante a pandemia cobrou um alto preço de toda a indústria de mídia, cortando o orçamento de marketing de muitas companhias que compram publicidade. A receita total de anúncios do Times caiu 26% em 2020, para US$ 392,4 milhões, com a receita de anúncios impressos sofrendo o maior declínio anual, de 39%, disse a companhia.

A receita no quarto trimestre foi de US$ 509,4 milhões (R$ 2,7 bilhões), um aumento de 0,2% em relação a 2019. O lucro operacional ajustado cresceu 1,4% em relação ao quarto trimestre de 2019, para US$ 97,7 milhões (R$ 526,6 milhões), e 0,9% ano a ano, para US$ 250,6 milhões (R$ 1,3 bilhão).

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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