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Instituto Reuters vê Redações brasileiras chefiadas só por brancos

Relatório avalia que, em relação ao levantamento anterior, diminuiu a diversidade no comando do jornalismo no país

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São Paulo

O Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo divulgou novo relatório sobre a diversidade racial em cinco grandes mercados, com atenção para o retrocesso brasileiro em relação ao estudo divulgado em 2020.

"No Brasil, na Alemanha e no Reino Unido, nenhum dos veículos na amostra tem editor não branco", destaca a entidade, ligada à Universidade Oxford.

A Redação da Folha em 9 de abril de 2020, esvaziada devido à pandemia - Eduardo Knapp/Folhapress

O relatório se limita aos três países, mais Estados Unidos e África do Sul, estes com resultados melhores —18% e 60%, respectivamente, de chefes de Redação não brancos.

Mas acrescenta que "em todos os países cobertos, mesmo na África do Sul, o percentual de não brancos na população é muito maior".

O Instituto Reuters avalia o quadro em 20 veículos de cada país. No Brasil, havia um único diretor de Redação/editor-chefe não branco no relatório anterior. Agora não há nenhum.

No quadro geral dos cinco países, a participação de não brancos baixou de 18% para 15%.

Para Meera Selva, que assina o relatório junto com outros dois pesquisadores, o estudo é importante porque os editores "definem o tom e atuam como modelos".

O relatório se baseia na mais recente pesquisa do Instituto Reuters sobre jornalismo digital no mundo. Os veículos brasileiros incluem, entre outros, os jornais Folha e O Globo, os portais UOL e G1, as redes Globo e Record e os sites Brasil 247 e O Antagonista.

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