“Todo dia é dia de preço alto no Brasil do Bolsonaro”. Essa é a chamada de um vídeo que circula na internet como parte da campanha #Bolsocaro, que conta também com outras iniciativas desenvolvidas por um grupo de designers. A peça tem sido compartilhada por artistas e políticos e tem o objetivo de criticar a inflação de itens como alimentos e combustíveis durante o governo Jair Bolsonaro (sem partido).
No vídeo, são listados os aumentos de preços de uma série de produtos, como batata, carne de segunda, gasolina e botijão de gás. “Não é caro, é Bolsocaro”, diz o locutor, que compara os preços praticados em 2018 e 2021.
Também são citados os valores dos cheques depositados na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, pela família de Fabrício Queiroz, e a mansão comprada recentemente pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.
O grupo também não deixou de fora a polêmica envolvendo a campanha do presidente a favor de medicamentos sem efeitos comprovados contra a Covid-19 e a falta de vacinas. “Aproveite nosso estoque cheio de cloroquina. Vacina contra Covid? Essa quase não tem”, diz o vídeo.
O grupo é o mesmo que, no início da semana, espalhou cartazes por muros em diversas regiões da capital paulista com frases como “Tá muito caro”, “Tá na conta do Bolsonaro” e “Essa conta não é nossa".
Um dos integrantes do grupo, localizado pela reportagem da Folha, diz que prefere não ter o nome divulgado. O anonimato, diz, tem o objetivo de manter a campanha independente e preservar a segurança do grupo. Ele afirma ainda que o grupo não está abrindo contas nas mídias sociais.
Ele afirma que outras peças da campanha #Bolsocaro estão sendo preparadas. A próxima iniciativa vai distribuir cartazes por São Paulo semelhantes aos primeiros, mas incluindo novas críticas, como ao valor do salário mínimo e à mansão de Flavio Bolsonaro.
O conteúdo da campanha tem sido compartilhado por muitos usuários no Twitter, como a cantora Anitta, o apresentador Fabio Porchat e políticos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como Guilherme Boulos (PSOL), Ciro Gomes (PDT) e Manuela d'Ávila (PCdoB). As postagens geraram milhares de curtidas, compartilhamentos e comentários. O vídeo também circula no WhatsApp.
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