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Antiga sede da Abril foi arrematada pela família Fares, dona da Marabraz

Empresa de negócios imobiliários dos acionistas adquiriu terreno por R$ 118 milhões

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São Paulo

A antiga sede da Editora Abril na marginal Tietê, em São Paulo, foi arrematada pela empresa de negócios imobiliários da família Fares, conhecida por ser dona da Marabraz, varejista de móveis. O leilão ocorreu na sexta-feira (21), mas o nome do comprador não foi divulgado na ocasião.

A Folha confirmou nesta quinta-feira (27) com pessoas próximas à operação que a aquisição foi feita por sócios da Marabraz, mas não diretamente pela varejista. A arrematante é a LP Administradora de Bens LTDA., representada pelos sócios Nader Fares e Abdul Fares.

O lote de quase 52 mil m² foi vendido por R$ 118,7 milhões após 17 lances de cada um dos compradores. O valor inicial para o certame era de R$ 110,5 milhões.

Antiga sede da Abril, na marginal Tietê, em São Paulo
Antiga sede da Abril, na marginal Tietê, em São Paulo - Folhapress

Embora seja conhecida pela Marabraz, a família Fares tem investimentos no setor imobiliário, sobretudo em logística.

A LP está no mercado há mais de 16 anos, atuando na administração de bens, locação, compra e venda de imóveis comerciais, industriais e logísticos em todo país, com oito empreendimentos do tipo. A empresa aluga centros de distribuição para grandes varejistas.

Possui um extenso parque logístico em Cajamar (SP), com galpões de 500 mil m², estacionamento e infraestrutura para atender empresas de diversos setores. Além da Marabraz, são inquilinas empresas como Pontofrio, Casas Bahia, Americanas e B2W, de ecommerce.

O leilão do imóvel às margens do Tietê foi parte do Plano de Recuperação Judicial do Grupo Abril, aprovado em agosto de 2019, para quitar a dívida da empresa, que superava R$ 1,6 bilhão. Dois terços do valor eram dos bancos Itaú, Bradesco e Santander, que venderam a dívida à Enforce, empresa de recuperação de créditos do BTG.

O imóvel, de 1968, possui um escritório —o prédio de seis andares, com uma área de 7.100 m²— e dois galpões, um de 3.100 m² e outro de 9.200 m².

A revista Exame já havia sido arrematada por R$ 72,3 milhões pelo BTG Pactual, que detém a maior parte da dívida do grupo. Uma outra unidade ainda será leiloada, reunindo imóveis de Campos do Jordão, no interior paulista.

O terreno está parcialmente ocupado, mas em processo de desmobilização. O Grupo Abril deve desmobilizar sua operação empresarial até o dia 31 de dezembro de 2021.

A família Farres também terá que arcar com R$ 1 milhão para o custeio do processo de encerramento da sua licença de opeação, emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

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