Diesel sobe 5% nos postos do Brasil na 1ª semana após fim de isenção de tributos

Valor do combustível mais usado no país atingiu média de R$ 4,405 por litro

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São Paulo | Reuters

O preço médio do diesel nos postos de combustíveis do Brasil registrou forte alta na última semana, a primeira desde o fim de uma isenção de impostos federais sobre o produto, mostrou pesquisa publicada nesta sexta-feira (7) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

De acordo com o levantamento da reguladora, o valor do combustível mais usado do país disparou 5% em relação à semana anterior, atingindo média de R$ 4,405 por litro, patamar sem precedentes na pesquisa da agência, que remete pelo menos até o fim de fevereiro.

Caminhões parados em posto de combustível na rodovia Presidente Dutra (SP)
Preço médio do diesel registrou forte alta na última semana; na foto, caminhões parados em posto de combustível na rodovia Presidente Dutra (SP) - Mathilde Missioneiro - 27.nov.20/Folhapress

Nesta sexta, ao ser questionado por uma apoiadora, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o preço dos combustíveis no país vai "baixar de novo", após a recente queda do dólar.

"O dólar caiu de novo, pode deixar que nos próximos dias [o preço do combustível] vai baixar de novo", disse ele na entrada do Palácio da Alvorada, em transmissão pelas redes sociais.

O movimento de alta do diesel ocorre após o fim do prazo pelo qual vigorou um decreto editado no início de março pelo presidente, que zerou por dois meses as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre o óleo diesel, visando conter as sucessivas altas dos preços do produto.

Antes, Bolsonaro havia demitido o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em meio a divergências sobre a política de preços da estatal, que leva em conta fatores como cotação internacional do petróleo e a taxa de câmbio.

Além do diesel, a pesquisa semanal da ANP também apontou para aumentos nos preços da gasolina e do etanol.

O valor médio da gasolina comum atingiu R$ 5,515 por litro, alta de 0,9% na comparação semanal, enquanto o biocombustível —seu concorrente nas bombas— subiu 2,1% no período, a R$ 3,99/litro.

A Petrobras, agora comandada pelo general Joaquim Silva e Luna, não promoveu reajustes nos preços dos combustíveis em suas refinarias nesta semana, após ter anunciado um corte de 2% nos valores de diesel e gasolina na semana passada.

Os preços nos postos, porém, não acompanham necessariamente e de imediato os valores nas refinarias e dependem de uma série de fatores, incluindo impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição.

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