MTST faz protesto por auxílio de R$ 600 e recursos para moradia

Bolsonaro cortou do Orçamento R$ 2 bilhões destinados à habitação popular

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São Paulo

Integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) fizeram nesta sexta-feira (7) uma série de atos pela volta do auxílio emergencial de R$ 600, contra despejos e em oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Na capital paulista, as manifestações foram realizadas próximas às estações de metrô Armênia (zona norte), Butantã (zona oeste) e Sacomã (zona sul).

Protesto do MTST fecha avenida Tiradentes na manhã desta sexta (7) - Danilo Verpa/Folhapress

As vias ficaram fechadas por cerca de uma hora. Em faixas e bandeiras era possível ler palavras de ordem como "menos ódio, mais moradia" e "não aguento mais cortes, moradia já". Os manifestantes também levaram pequenos barracos de lona, para simbolizar a cobrança por política de habitação.

"Foi um grito de não aguento mais pelo que a população brasileira está passando. As pessoas estão com dificuldade de pagar o aluguel e estão sendo despejadas", diz Débora Lima, liderança do MTST em São Paulo.

Os "barracos simbólicos", segundo Débora, foram levados para cobrar do governo Bolsonaro o aumento no orçamento para moradia. Em abril, para viabilizar a aprovação do Orçamento Geral da União, o presidente vetou uma série de investimentos.

Entre os recursos cortados estão R$ 2,039 bilhões destinados ao pagamento de contratos da faixa um do antigo Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional renomeado para Casa Verde e Amarela em 2020.

O MTST também defende a volta do auxílio de R$ 600 até o fim da pandemia de Covid-19. "Esse auxílio novo não dá nem para comprar uma cesta básica. A população está passando fome", afirma Débora.

O auxílio emergencial voltou a ser pago pelo governo Bolsonaro em abril. Neste ano, ele ficará entre R$ 150 e R$ 375. Segundo o Ministério da Economia, na média, os beneficiários receberão R$ 250.

Também houve registro de protestos em Diamantina (MG), Goiânia (GO), Maceió (AL), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Niterói (RJ) e Rio de Janeiro (RJ).

Em março, as centrais sindicais também organizaram atos em terminais de ônibus e metrô. Em fevereiro, movimentos ligados à Coalizão Negra de Direitas levou marmitas vazias à avenida Paulista, também para cobrar o pagamento do valor integral do auxílio.

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