As contas de luz no Brasil seguirão com bandeira tarifária vermelha patamar 2 no mês de julho, que prevê o maior custo adicional em momentos de menor oferta no sistema, informou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (25), em meio à seca nas principais bacias hidrográficas.
O valor a ser pago pelos consumidores, porém, será informado somente na próxima terça-feira (29), data em que a atualização dos valores das bandeiras será deliberada pela diretoria da Aneel, acrescentou a agência.
A bandeira mais custosa do sistema da agência já havia sido adotada em junho, até então com custo adicional de R$ 6,243 para cada 100kWh consumidos.
O acionamento da bandeira vermelha patamar 2 ocorre diante da grave crise hídrica enfrentada pelo Brasil, que afeta as operações de geração de energia hidrelétrica e obriga um acionamento maior de recursos termelétricos, mais custosos.
"Em junho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do SIN (Sistema Interligado Nacional) estiveram entre as mais críticas do histórico", disse a Aneel em comunicado.
"Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano."
A agência acrescentou que a conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), as duas variáveis que determinam a cor da bandeira tarifária, levando à necessidade do acionamento da bandeira vermelha patamar 2.
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