Exportação de madeira bruta cresce 315% em dois meses

O volume das vendas externas soma 1 milhão de toneladas até maio, segundo a Secex

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São Paulo

O Brasil nunca exportou tanta madeira como nos dois últimos meses. Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), ligada ao Ministério da Economia, apontaram que 537 mil toneladas de madeira bruta saíram pelos portos brasileiros em abril e maio. Esse volume supera em 315% o de igual período do ano passado.

Nos cinco primeiros meses do ano, o país já exportou 1 milhão de toneladas, 116% a mais do que de janeiro a maio de 2020. As receitas subiram para US$ 84 milhões no ano, com alta de 81%, em comparação aos números de 2020.

Toras de madeira empilhadas, com céu azul por trás
Madeira proveniente de manejo florestal na Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá, em Ariquemes (RO) - Beethoven Delano-3.set.2019/Folhapress

Assim como a madeira, a soja também teve volumes recordes nos dois últimos meses. Saíram pelas fronteiras do Brasil 34 milhões de toneladas da oleaginosa, apenas em abril e maio. No acumulado do ano, as vendas externas atingem 49,5 milhões de toneladas, com receitas de US$ 21 bilhões.

As exportações de soja começaram lentas no início deste ano, devido ao atraso no plantio e na colheita. Se recuperaram e, para o ano, há a expectativa de vendas externas de 85,6 milhões de toneladas, com receitas de US$ 43,7 bilhões, apenas com a soja em grão.

O complexo todo, que inclui também farelo e óleo, deverá render US$ 52,8 bilhões, segundo estimativas da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). São valores nunca registrados antes pelo Brasil.

A agropecuária exportou o correspondente a US$ 8,2 bilhões em maio, 49% a mais do que no mesmo mês de 2020. Assim como a soja, as carnes também vêm obtendo bom destaque neste ano. As exportações físicas têm recuado, mas a valorização do produto no mercado internacional permite um aumento das receitas.

A bovina, apesar da queda de 4% no volume vendido de carne fresca, refrigerada ou congelada, manteve o volume financeiro em US$ 2,8 bilhões até maio, o mesmo de 2020. Houve um avanço de 12% nos preços de maio, em relação a igual período de 2020.

A carne de aves, que registrou valorização de 16%, está com receitas de US$ 2,6 bilhões. Já a suína, graças à demanda externa aquecida, atingiu um volume exportado de 403 mil toneladas de janeiro a maio, com receitas de US$ 1,01 bilhão. Os preços médios do mês passado subiram 10% em relação aos de igual mês de 2020.

As importações agrícolas também estão com ritmo acelerado, embora em volumes bem menores do que o das exportações. Lideradas pelo trigo, as compras externas subiram para US$ 434 milhões nos cinco primeiros meses deste ano, com alta de 37% em relação a igual período do ano passado.

Além dos produtos agrícolas, pesam também na balança comercial as importações de insumos. Em maio, as compras de adubos somaram 2,6 milhões de toneladas, com gastos de US$ 820 milhões.

O país gastou, ainda, no mês passado, US$ 270 milhões na compra de 25,4 mil toneladas de fungicidas, herbicidas, inseticidas, reguladores de crescimento e outros produtos químicos destinados ao agronegócio.

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