Descrição de chapéu Financial Times

Morgan Stanley vai barrar não vacinados em escritórios de NY

Bancos mundiais estão adotando regras diferentes no retorno ao trabalho

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Imani Moise
Nova York | Financial Times

Empregados e clientes que não tenham sido vacinados contra a Covid-19 serão barrados de entrar nos escritórios do banco Morgan Stanley em Nova York, de acordo com um memorando interno visto pelo Financial Times.

“A partir de 12 de julho, todos os empregados, os trabalhadores contingentes, os clientes e os visitantes terão de comprovar que foram completamente vacinados para obter acesso aos escritórios do Morgan Stanley na cidade de Nova York e em Westchester”, diz o memorando, assinado por Mandell Crawley, vice-presidente de recursos humanos do banco.

Depois da data em questão, as pessoas que não provarem estar completamente inoculadas perderão acesso aos edifícios, escreveu Crawley, acrescentando que “a maioria esmagadora do pessoal” já tinha reportado ter sido vacinada.

A norma foi adotada para acelerar o processo de retorno dos escritórios do banco à normalidade, afirmou a empresa.

Prédio do Morgan Stanley, em Nova York, nos Estados Unidos
Sede do Morgan Stanley, em Nova York, nos Estados Unidos - Stan Honda - 26.jun.12/AFP

O Morgan Stanley já tinha implementado normas de espaços de trabalho “só para vacinados” em algumas de suas unidades, entre as quais as de títulos institucionais e gestão de patrimônio, a fim de permitir “colaboração e produtividade ampliadas”.

O banco já está relaxando os protocolos para os funcionários vacinados, abandonando a regra que exigia preenchimento diário de um formulário de saúde para as pessoas que desejam entrar no escritório ou visitar clientes, a partir da quarta-feira.

Os bancos mundiais estão adotando regras muito diferentes em sua volta ao trabalho.

As normas de vacinação do Morgan Stanley são as mais severas entre as dos grandes bancos de Wall Street, que estão na liderança do esforço para convencer os trabalhadores a voltar aos escritórios.

No começo do mês, o Goldman Sachs, um banco concorrente, adotou uma regra de notificação compulsória de situação de vacinação para seus empregados, mas o pessoal não vacinado continua a ser admitido nas instalações do banco, desde que respeite o distanciamento social e use máscaras.

No JPMorgan Chase, a declaração de situação de vacina continua a ser voluntária.

Na semana passada, a BlackRock, a maior companhia mundial de gestão de patrimônio, também anunciou que seus escritórios estariam abertos apenas para trabalhadores vacinados.

James Gorman, presidente-executivo do Morgan Stanley, adotou uma posição severa sobre a necessidade de retorno aos escritórios para o pessoal do banco que trabalha em Nova York, argumentando que, se as pessoas se sentem confortáveis jantando fora em um restaurante, também deveriam se sentir seguras no escritório.

Mais de 70% dos nova-iorquinos adultos já receberam pelo menos uma dose da vacina, e o estado cancelou a vasta maioria das restrições adotadas durante a pandemia.

A Comissão de Igualdade no Emprego dos Estados Unidos determinou em dezembro que empresas tinham o direito de barrar a entrada de trabalhadores em seus locais de trabalho caso eles recusem vacinação, ressalvados os casos de isenções religiosas ou médicas.

Por enquanto, o sistema VaccineCheck do Morgan Stanley está funcionando em base de confiança, mas mais tarde o banco pode passar a exigir comprovação de vacina.

O banco formou uma parceria com a Capsule Pharmacy, em abril, para criar clínicas temporárias de vacinação exclusivas para seu pessoal, na sede do banco em Times Square, de acordo com pessoas informadas sobre o arranjo.

Traduzido originalmente do inglês por Paulo Migliacci

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