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Com venda da CredPago, BTG vira sócio da Loft

BTG vende sua participação de 49% na fintech em troca de ações da imobiliária digital

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São Paulo

A Loft, startup de compra e venda de apartamentos, comprou 100% do capital da fintech Credpago, cujos fundadores e demais acionistas, entre eles o BTG Pactual, receberão participação acionária minoritária na Loft. O acordo, divulgado nesta sexta-feira (2), prevê a fusão das empresas.

A operação, que está sujeita a aprovações regulatórias e societárias aplicáveis, também envolve uma parceria para oferta de produtos financeiros do BTG na plataforma da Loft.

“Estamos animados em seguir como investidores, agora da companhia combinada, para estruturar juntos novos produtos a serem distribuídos por meio do canal de corretores e imobiliárias”, afirma Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual.

Retrato de Mate Pencz
Retrato de Mate Pencz, fundador da Loft, que comprou a Credpago - Adriano Vizoni/Folhapress

O BTG vendeu sua participação na Credpago, correspondente a 49% do capital social da empresa, com ganho estipulado em R$ 1,4 bilhão pelo banco, segundo comunicado ao mercado.

O pagamento ao BTG será em parcelas. Há uma parte à vista em dinheiro e outra com saldo em até 24 meses, e o restante virá em ações de emissão da Loft.

Os papéis do banco fecharam em alta de 4,34% nesta sexta.

Criada em 2016, a Credpago oferta o serviço de fiança locatícia com uso de cartão de crédito. A startup também oferece seguro residencial para imóveis alugados e ferramenta para negociação de inadimplência.

A fintech tem mais de 123 mil contratos e R$ 40 bilhões em ativos sob gestão. São 16 mil imobiliárias parceiras, 145 mil clientes finais e mais de 300 funcionários diretos.

“Deveremos fechar 2021 com mais de 200 mil contratos sob gestão”, diz Jardel Cardoso, fundador e presidente da Credpago. Os fundadores e atuais diretores da fintech seguirão à frente da operação.

Já a Loft, fundada em 2018, oferece serviços digitais de corretagem e financiamento imobiliário, bem como reforma residencial. Com cerca de 700 funcionários, o unicórnio —empresas de base tecnológica cujo valor de mercado ultrapassa US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões)— tem disponíveis cerca de 20 mil apartamentos à venda em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A fusão vem após a mais recente rodada de investimentos da Loft, em março e abril deste ano, na qual a empresa arrecadou US$ 525 milhões (R$ 2,6 bilhões). Na ocasião, a empresa viu sua valorização disparar, a US$ 2,9 bilhões (R$ 14,6 bilhões).

Antes desta série de aportes, a Loft já havia levantado mais de US$ 275 milhões (R$ 1,39 bilhão), além de mais de R$ 900 milhões por meio de fundos imobiliários.

“Vamos trazer novos produtos financeiros para as imobiliárias, de forma que elas possam atender ainda melhor seus clientes enquanto acrescentam novas fontes de renda para o negócio", afirma Mate Pencz, fundador e presidente da empresa.

Dentre seus investidores estão Andreessen Horowitz, Altimeter, Baillie Gifford, CPPIB, D1 Capital, DST, Monashees, QED Investors, Tiger Global, e Vulcan Capital.

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