Economia cresce 1,14% em junho após queda em maio, diz indicador do BC

O índice acumula alta de 7,01% no ano e de 2,33% em 12 meses

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Brasília e Rio de Janeiro

A economia cresceu 1,14% em junho, de acordo com o indicador IBC-Br do BC (Banco Central), que mede o desempenho da atividade econômica, divulgado nesta sexta-feira (13). No ano, o índice acumula alta de 7,01%.

O número superou as expectativas do mercado. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 0,4%.​

O resultado positivo veio após queda de 0,55% em maio. Os dados podem ser diferentes dos informados anteriormente porque a série passa por revisões frequentes.

Sede do Banco Central em São Paulo - Rahel Patrasso/Xinhua

No acumulado dos 12 meses até junho, o setor produtivo avançou 2,33%.

Em março deste ano, mês marcado por novas rodadas de lockdowns em razão do agravamento da pandemia de Covid-19, a economia encolheu 1,98%, segundo o indicador, mas voltou a crescer em abril, com 0,90%.

O número é calculado com ajuste sazonal, que remove especificidades de um mês, como número de dias úteis, para facilitar a comparação com outros períodos.

Após o início da pandemia, o fechamento dos comércios e o distanciamento social afetaram a economia. Com a reabertura e flexibilização das medidas restritivas, a atividade entrou em ritmo de recuperação, que foi novamente impactado com os novos lockdowns.

Em março do ano passado, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, segundo informado na época, já sob efeito do distanciamento social. Após a última revisão, a variação foi para queda de 4,84%.

O pior resultado foi registrado em abril de 2020, quando a economia caiu 9,73% (9,50% com revisão), nível mais baixo desde outubro de 2006 e maior queda entre um mês e outro em toda a série histórica, iniciada em 2003.

O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo.

O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.

O setor de serviços, aliás, é visto por economistas como o responsável pela melhora do IBC-Br em junho. Depois de amargar perdas com as restrições na pandemia, o segmento ensaia reação no embalo do avanço da vacinação contra a Covid-19.

O setor inclui atividades que dependem da circulação de clientes, como bares, hotéis e restaurantes. Daí, a importância da imunização.

“A população está começando a consumir serviços, em contraposição ao varejo. O movimento positivo [do IBC-Br] tem relação com o setor”, aponta o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, vai na mesma linha. “A gente já começa a ver uma melhora em serviços com a reabertura da economia”, relata.

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