Guedes faz discurso otimista e diz que rombo nas contas pode ser de 0,3% do PIB em 2022

Na lei que dá as bases do Orçamento, governo previu um déficit de 1,9% do PIB

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Brasília

O ministro Paulo Guedes (Economia) apresentou nesta sexta-feira (20) uma projeção mais otimista para o rombo nas contas públicas no próximo ano. Segundo ele, o déficit primário deve ser de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto).

A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que dá as bases para o Orçamento de 2022, prevê um resultado negativo de 1,9% do PIB.

O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar ao Congresso o projeto de Orçamento de 2022. O resultado primário é a diferença entre receitas e despesas sem considerar os gastos com juros da dívida.

O ministro Paulo Guedes (Economia) durante cerimônia sobre a nova política de combustíveis, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 11.ago.2021/Folhapress

Nesse projeto, a equipe econômica pretende revisar a estimativa de déficit primário que está na LDO, atualmente da ordem de R$ 170 bilhões. Técnicos da pasta de Guedes refazem as contas e esperam um rombo mais baixo, que pode ficar em torno de R$ 70 bilhões.

Integrantes do Ministério da Economia afirmam que, por causa da retomada econômica, os cofres públicos devem arrecadar mais do que o previsto anteriormente.

Nesta sexta, o ministro lembrou que o déficit primário foi de 10% do PIB no ano passado, quando os gastos do governo sofreram forte aumento para conter a crise da Covid-19. Para 2021, a estimativa da área econômica agora é de 1,7% do PIB.

“Agora entramos neste ano [2021] num recuo dramático nesse gasto. Cai para 1,7% do PIB e ano que vem já é 0,3% do PIB”, declarou Guedes, em entrevista à Genial Investimentos.

Desde a campanha presidencial de Jair Bolsonaro, o ministro afirmava que queria zerar o déficit primário. A agenda de controle de gastos, no entanto, foi surpreendida pela pandemia.

Apesar do revés, Guedes e membros da equipe dele, como o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, já preveem um resultado positivo nas contas públicas no curto prazo.

Funchal, nesta semana, afirmou em debate na Câmara ser possível que o país registre superávit primário em 2023.

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