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Bolsa e moeda brasileiras estão entre as mais vulneráveis à desaceleração da China, diz banco americano

Evergrande e aumento da regulação no país asiático devem reduzir demanda por importados, afirma Wells Fargo

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São Paulo

A moeda brasileira, bem como a Bolsa de Valores do país, estão entre as mais vulneráveis a um cenário de forte desaquecimento na economia da China.

A análise é dos economistas Brendan McKenna e Jessica Guo, do banco americano Wells Fargo.

Em relatório publicado nesta segunda-feira (20), eles destacam que a desaceleração na economia da China por conta das medidas de aumento da regulação pelo governo e o risco de quebra de gigantes do mercado local, como a incorporadora Evergrande, deve reduzir a demanda do país por produtos importados, deixando economias mais dependentes do comércio com o gigante asiático em situação de maior vulnerabilidade.

Com base nas oscilações das moedas de um grupo selecionado de emergentes contra a divisa chinesa desde 2016, eles apontam o real, juntamente com as divisas de países como África do Sul, Rússia, Polônia, México e Colômbia, entre as mais sensíveis ao arrefecimento no ritmo de crescimento da China.

Logo do Wells Fargo em Nova York, nos Estados Unidos - Stephanie Keith - 10.jan.2017/Reuters

Segundo o relatório do Wells Fargo publicado nesta segunda-feira (20), boa parte desses países têm suas economias altamente relacionadas com os preços de commodities cujo principal destino é a China.

Por conta disso, tanto as moedas, como também as Bolsas desses países, respondem diretamente à flutuação nos preços dessas matérias-primas. “Como resultado, as moedas e as ações de cada um desses países podem ficar sob pressão [com a desaceleração da China]”, escrevem os economistas do Wells Fargo.

Por outro lado, os especialistas avaliam que países menos dependentes da pauta exportadora, com economias mais diversificadas, como da Índia e de Israel, tendem a ser as mais resilientes ao desaquecimento chinês.

Ambos são países importadores de commodities, que podem até se beneficiar em um cenário de redução da demanda por matérias-primas por parte da China, apontam os economistas do banco americano.

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